Covid-19: Ceará registra aumento de 54,7% no número de mortes

Blog do  Amaury Alencar
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Só Fortaleza apresentou elevação de 31,9% dos casos da doença e de 48,3% do número de óbitos nas duas últimas semanas de novembro (Foto: Aurelio Alves)
Só Fortaleza apresentou elevação de 31,9% dos casos da doença e de 48,3% do número de óbitos nas duas últimas semanas de novembro (Foto: Aurelio Alves)

O número de mortes provocadas pela Covid-19 no Ceará subiu 57,4% na última semana, quando comparado à semana anterior. De acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira, 11, em boletim epidemiológico da Secretária de Saúde do Estado (Sesa), Fortaleza e municípios do Interior, como Aracati e Sobral, são as regiões que apresentaram a maior elevação do índice, registrando ainda um aumento significativo do número de casos.  

Na semana epidemiológica 49, com inicio no dia 29 de novembro e término no dia 5 deste mês, o Ceará registrou 74 óbitos provocados pela patologia. O número revela um disparo do índice quando relacionado ao identificado na semana anterior e vem após um aumento de casos ser identificado no Estado, tendo como ponto de partida a Capital.



Só Fortaleza apresentou elevação de 31,9% dos casos da doença e de 48,3% do número de óbitos nas duas últimas semanas de novembro. No interior do Estado, esse aumento de casos foi de 40,3%, sendo o incremento de óbitos de 8,8%, dentro do período de variação analisado.


Os municípios do interior que apresentaram o maior aumento do número de óbitos nas duas últimas semanas de novembro foram Aracati e Brejo Santo, com incremento de 300% de mortes quando o índice é comparado às primeiras duas semanas do mês. Sobral, Tianguá, Icó e Crato também "apresentaram aumento de óbitos no mesmo período".

De acordo com o documento, 78,1% dos óbitos que já ocorreram no Estado foram entre pessoas de 60 anos ou mais, até o último dia 5. Além disso, 70,6% das vítimas apresentavam doenças crônicas pré-existentes, 0,13% estavam gestantes e 0,16% puérperas. O que significa que as mortes têm acontecido na grande maioria entre pessoas do grupo considerado de risco.

Segundo Magda Almeida, Secretária Executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, esse novo incremento de casos tem sido percebido entre pessoas mais velhas. "Esse é um comportamento já esperado da epidemia, depois do aumento de casos em pacientes jovens a gente tem a contaminação dos pacientes mais vulneráveis, que são aqueles pacientes acima de 50 anos, principalmente aqueles acima de 70 anos, onde a letalidade é bem maior," explica.

"A gente precisa nesse momento continuar fazendo o distanciamento social, fazendo o uso de máscaras e evitando expor esse grupos mais vulneráveis. O momento onde está cada vez mais consolidada a possibilidade de reinfecção onde quem já teve tem a possibilidade de ter novamente Covid-19", alerta ainda a especialista. 

o Povo 

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