Frase de Cid indica que reeleição ao Senado passou a ser repensada: “se for necessário ser candidato a síndico de prédio, eu serei”

Blog do  Amaury Alencar
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Uma declaração do senador Cid Gomes (PSB), durante entrevista em Sobral, reabriu a discussão sobre seu retorno à disputa ao Senado em 2026.

Ao afirmar que “não tenho apego a cargo. Mas, se for necessário ser candidato a síndico de prédio, eu serei”, Cid deixou transparecer que a desistência da reeleição passou a ser revista.

A frase, até simbólica, indica que ele voltou ao jogo e observa com atenção o novo cenário político do Ceará.

QUEBRA DE TABU

O maior entusiasta dessa reviravolta é o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), que tem atuado nos bastidores para que Cid permaneça na disputa.

Caso confirme seu nome, o senador socialista poderá quebrar um tabu histórico: o Ceará jamais reelegeu um senador.

Hoje, porém, Cid reúne apoio que poucos já tiveram — entre os 184 prefeitos cearenses, ao menos 180 tendem a acompanhá-lo em 2026.

APOIO DE CAMILO E ELMANO

O movimento para Cid entrar no jogo da eleição é puxado pelo ministro Camilo Santana e pelo governador Elmano de Freitas e conta com a simpatia dos presidentes estaduais do PSD, Domingos Filho, e do Republicanos, Chiquinho Feitosa. Ambos, Domingos e Chiquinho, sonham com a primeira suplência em uma chapa considerada competitiva.

A declaração de Cid foi dada enquanto comentava o redesenho político do estado, especialmente após seu irmão, Ciro Gomes, aproximar-se do grupo bolsonarista. Cid já havia afirmado que não concorreria novamente ao Senado e chegou a lançar o deputado Júnior Mano (PSB) como seu sucessor, mas o ambiente eleitoral tornou-se tão favorável que sua volta à chapa majoritária do PT em 2026 pode ser, agora, um caminho mais do que provável.

CIRO X CID

Cid também fez questão de reiterar sua lealdade ao governador Elmano de Freitas:
“Eu pessoalmente tenho um compromisso com o Elmano. Se o Elmano for candidato à reeleição, eu tenho um compromisso de votar com ele. Esse é o meu jeito, e eu assumo as minhas posições.”

CONSTRANGIMENTO

Questionado sobre a aproximação de Ciro com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, Cid não escondeu o constrangimento: “Não há assunto mais constrangedor” afirmou, durante participação no programa Ivo
Mil Grau.

Em outro momento, foi ainda mais duro ao comentar a ruptura política ocorrida no Ceará: “Acho que juntou o fígado do Ciro com uma ambição desmedida do Roberto Cláudio, que resolveram romper uma relação que a gente tinha com o Camilo, que só tinha sido governador pelo meu apoio”, desafava Cid Gomes.

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