Uma reportagem do Jornal O Estado de São Paulo revela que o líder do Governo na Câmara, José Nobre Guimarães, teria recusado assumir o mandato-tampão na presidência da Executiva Nacional do PT, após a titular do cargo, Gleisi Hoffmann, ser convidada para a Secretaria de Relações Institucionais do Governo Lula.
Cotado para comandar a articulação política do Governo, Guimarães se sentiu, porém, preterido com a decisão do presidente Lula em convidar Gleisi.
Guimarães tem um bom diálogo com líderes de partidos de oposição e situação e era considerado um perfil mais seguro para fortalecer a base de apoio ao presidente Lula na corrida pela reeleição em 2026.
TAMPÃO E RENOVAÇÃO
Gleisi assume a Secretaria de Relações Institucionais no dia 10 de março, se afasta da Presidência Nacional do PT e, temporariamente, a legenda será comandada por um dos cinco vices-presidentes.
Dois nomes – Humberto Costa e Guimarães, despontaram como favoritos nessa missão de conduzir o partido até a eleição de julho para renovação da Executiva Nacional. Agora, com base na reportagem do Jornal O Estado de São Paulo, esse cenário mudou e passa a ser marcado por um novo conflito interno.
ELEIÇÃO
A eleição para renovação da direção da legenda está marcada para o dia 6 de julho e, na disputa, está, também, o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva.
Se vencer a eleição, Guimarães se tornará o segundo cearense a assumir a Presidência da Executiva Nacional do PT. O primeiro – José Genoíno, irmão de Guimarães, construiu carreira política em São Paulo.
