Fortaleza : Projeto de Jiu-Jitsu no Bom Jardim ajuda jovens da periferia

Blog do  Amaury Alencar
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Prestando ajuda a diferentes jovens e outras pessoas da periferia do Grande Bom Jardim, o projeto BDL ensina Jiu-Jitsu há mais de 10 anos na localidade, tendo um amplo foco em trazer através do esporte, mudanças sociais e psicológicas a muitos indivíduos que vivem em situações à margem da sociedade. Contando com alunos que disputam competições nacionais e estaduais, o programa tem no momento seis outras iniciativas como parceiras, todas com o intuito de promover transformações.  

Foto: Arquivo PessoalFortal

Por meio dessas colaborações, o programa abriu outro núcleo em São João do Aruaru, interior do Ceará, expandindo para aulas de judô, contando com 512 discípulos em sua totalidade.

Sobre o início do projeto, o criador Alison Brandão, declarou que a iniciativa surgiu dentro de sua família, que já praticava artes marciais anteriormente, comentando o dever que sentiu em ensinar o exercício como oportunidade de modificar vidas.  “A família BDL surgiu por intermédio do meu pai, que gostaria de estar mais próximo dos filhos, na época eu treinava Jiu-Jitsu e minha irmã Muay Thai, ele começou a acompanhar a gente, com o Jiu-Jitsu se tornando o favorito da família. Por volta de 2012 e 2013, sentimos a necessidade de levar  esse esporte para dentro de um projeto social, mas o intuito era muito mais do que ensinar o exercício,  tínhamos o objetivo de ajudar pessoas que precisavam de uma nova perspectiva e mudanças em suas vidas”, destacou.

A BDL, que tem esse nome em razão das iniciais dos sobrenomes de seus criadores, Brandão de Lima, também promove ações além das fronteiras do mundo do esporte, distribuindo cestas básicas e organizando eventos. Fazendo parceria com os projetos, Aliança com o Cristo e Bom Jesus, programas esses que contam com diversos cursos profissionalizantes e culturais, a iniciativa de Jiu-Jitsu tenta utilizar essas atividades como impulsionamento profissional dos adolescentes da região do Bom Jardim. 

Além da cidadania e do crescimento profissional, o projeto proporciona formas de estimular psicologicamente muitos indivíduos. Um deles é o atleta e aluno Ítalo Wescley, vice-campeão brasileiro de Jiu-Jitsu, que descobriu o programa em um período de intensa crise e tristeza, salientando o quanto a iniciativa ajudou a superar a questão.          

“Conheci o projeto em 2018, quando estava em um período complicado na minha vida pessoal que foi agravada por uma forte depressão. No início, foi muito desafiador. Hoje em dia, o projeto e o esporte foi um instrumento de transformação nesse sentido emocional, tomando uma proporção inesperada, onde me tornei um atleta de Jiu-Jitsu em competições”, ressaltou.

Em relação ao programa, Alison Brandão, realça sentir uma enorme satisfação com o projeto, elogiando os seus alunos.“Tenho o prazer de dizer que sou fruto disso, tenho orgulho demais dos meus alunos, vejo o esforço deles e podemos ver que eles querem vencer na vida pela família BDL”, enfatizou.

Outra pessoa que tem a mesma opinião é a coordenadora, Zizi Brandão, que salientou a felicidade vista em todos aqueles que fazem parte do programa. “Em cada olhar,  é possível ver a alegria e a mudança, aqui aprendemos que a nossa vida pode ser transformada. Tudo isso traz uma perspectiva nova para os jovens do Bom Jardim”, apontou.   

                                            Por Welisson Castro

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