Demutran: apenas 6 agentes para abranger trânsito com 15 mil veículos em Santa Quitéria

Foto: Werbson Martins

Na última semana, mais uma pessoa perdeu a vida no trânsito de Santa Quitéria. A estatística aumenta, a medida em que parte dos condutores continuam à revelia da lei, trafegando de modo irregular com suscetíveis riscos, aliado à um trabalho deficitário da autoridade local, no caso, o Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), alvo de constantes cobranças da população.

O órgão conta atualmente com apenas seis agentes, que se dividem durante os dias para trabalhar, sendo dois para cada turno. Um número ínfimo, diante da grandiosidade da frota que circula diariamente. Dados da Secretaria Nacional de Trânsito indicam que, em dezembro, havia em torno de 15.978 veículos licenciados a moradores do município, resultando em uma gigante desproporcionalidade para a quantidade de agentes disponíveis.

De acordo com o secretário de Infraestrutura - pasta à qual o Demutran é subordinado -, Raimundo Parente, está sendo presenciado um período de grande dificuldade para organizar o trânsito da cidade, devido às ações praticadas em anos anteriores e orienta que os condutores utilizem capacetes e respeitem a velocidade indicada.

Ao ser indagado sobre os padrões dos quebra-molas da cidade, Raimundo relata: "no meu modo de ver, como pedestre e como motorista, achei um pouco fora do normal" e completou que pode-se ter o mesmo quebra-molas, no entanto "de outra forma não tão batente". Nas redes sociais, usuários se queixam das lombadas na rua Napoleão Camelo (Galvani) e avenida Timbó Muniz (Padaria Primus).

Pedro Ricardo, morador do bairro Piracicaba, expõe que a fiscalização tem “deixado a desejar” e comenta sobre um episódio em que viu um “cara vir sem capacete, acima da velocidade e quase aconteceu um acidente”.

A expectativa da gestão é de que algumas obras sejam executadas de imediato, embora ainda sem prazo, no entanto, estão na programação a construção de duas faixas elevadas para passagem de pedestres, quatro novos fotossensores e lombadas para conter a alta velocidade. "O poder público não faz o trânsito sozinho, para fazer tem que ter a participação da sociedade", pontua o secretário.

 O diretor do trânsito, Robledo Mororó, foi procurado pela nossa reportagem, mas preferiu não se manifestar sobre o assunto.

                               A voz de Santa Quitéria