Presidente do PSOL/CE denuncia aliciamento ao falar da perda do único prefeito

Blog do  Amaury Alencar
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Edson Veriato, prefeito de Potengi, só passou um ano de gestão filiado ao PSOL. Foto: Divulgação.



O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) atingiu feito inédito no Ceará nas eleições municipais de 2020, ao eleger o primeiro prefeito da legenda no Estado. Foi o agricultor Edson Veriato, no município de Potengi. No entanto, um ano após o início de seu mandato, o gestor deixou os quadros da agremiação e filiou-se, na manhã desta quinta-feira (13), ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Na avaliação do presidente estadual da sigla, Alexandre Uchoa, a cooptação de um quadro do PSOL para o partido do governador Camilo Santana (PT) faz parte da “lógica coronelista que prevalece em nosso Estado”. Segundo disse, desde o início de mandato, Veriato sentiu as dificuldades de ser um gestor de oposição.

“Nós acompanhamos do início ao fim dessa história. Recebemos Potengi das mãos do PT municipal completamente quebrada, folha do funcionalismo atrasada, frota da saúde e educação sucateada, dívidas que somadas chegavam a R$ 14 milhões. O Edson viu todas as portas fechadas enquanto caminhava com as próprias pernas”, afirmou Alexandre ao Blog do Edison Silva.

Ainda de acordo com ele, projetos e recursos só passaram a ser liberados quando o Município se colocou à disposição de apoiar indicados do governador Camilo Santana. “As portas se abrem quando o município se coloca à disposição de apoiar os indicados do governador. Aí os projetos surgem num passe de mágica, as emendas de deputados estaduais e federais caem em socorro ao município. É a lógica coronelista que prevalece em nosso estado”, apontou.

“Lamentamos a saída do Edson por entender sua história e origem, o movimento popular que o elegeu e a simbologia que seria uma prefeitura de fato a serviço do povo” – (Alexandre Uchoa)

 

O presidente do partido Republicanos, o vereador de Fortaleza, Ronaldo Martins, disse que foi surpreendido com a informação de que o prefeito de Aratuba, Joerly Vitor, havia deixado o partido para se filiar ao Partido dos Trabalhadores.

“O prefeito não me comunicou nada do que estava acontecendo, não disse que estava saindo”, disse. A legenda elegeu apenas dois gestores municipais em 2020, e atualmente governa apenas o município de Paraipaba.

O Blog do Edison Silva entrou em contato com outros dirigentes partidários para entender como essas saídas afetam a dinâmica do partido em ano eleitoral e aguarda retorno.


                               Edison Silva 

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