Empresa que administra o Aeroporto de Juazeiro do Norte e outros cinco terminais soma prejuízo de R$ 330 milhões

Blog do  Amaury Alencar
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                                                                      foto Aline Borges 


A pandemia de Covid-19 teve repercussões no balanço da Aena Brasil, empresa espanhola que ganhou a concessão de seis aeroportos no Nordeste brasileiro, inclusive o Aeroporto de Juazeiro do Norte. Com as restrições de vôo durante o primeiro ano da pandemia, a empresa teve um grande prejuízo em seu primeiro ano de atuação no Brasil. O valor chegou a R$ 330 milhões negativos apenas em 2020.

 Segundo a ata da assembleia geral extraordinária da subsidiária que tem a concessão dos seis aeroportos, divulgada nesta sexta-feira (17), tendo “em vista que a Companhia apurou prejuízo no exercício social encerrado em 31/12/2020, no montante de R$ 330.397.661,15, deliberou-se pela não distribuição de dividendos aos acionistas e destinação do valor à conta de prejuízos acumulados da Companhia, que perfez, em 31/12/2020, o saldo de R$ 345.065.049,55”.

A empresa foi surpreendida, pois assumiu a operação dos aeroportos no início de 2020, sendo que a pandemia semanas após começou a determinar restrições do vôos nacionais e internacionais. O terminal juazeirense, por exemplo, foi assumido pela Aena em 13 de janeiro de 2020. A empresa foi a vencedora da quinta rodada de concessão da operação de aeroportos, quando levou a concessão dos seis aeroportos do Nordeste.

Empresa espanhola

Aena Brasil é a marca registrada da companhia espanhola Aena, considerada pelo Conselho Internacional de Aeroportos como a maior operadora aeroportuária do mundo em número de passageiros, com mais de 275,2 milhões em 2019. Desde começo de 2020, administra a concessão de seis aeroportos da região Nordeste: Recife (PE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Aracaju (SE) e Maceió (AL). Em 2018, os seis aeroportos somaram 13,7 milhões de passageiros.

Na Espanha, opera 46 aeroportos e 2 heliportos. É acionista controlador, com 51%, do aeroporto de Londres-Luton no Reino Unido, além de gerenciar aeroportos no México (12), Colômbia (2) e Jamaica (2), que totalizaram um volume de passageiros de 78,2 milhões em 2019. Além disso, presta serviços de consultoria para clientes estratégicos como a Companhia de Aeroportos de Cuba – ECASA.

Fonte: Jornal do Comércio (adaptado)

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