Julgamento de acusado de matar esposa e filha começa hoje e pode entrar para a história do Ceará

Blog do  Amaury Alencar
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Marcelo Barbarena foi preso após matar mulher e filha no Paracuru (Foto: O POVO)
Marcelo Barbarena foi preso após matar mulher e filha no Paracuru (Foto: O POVO)

O julgamento do empresário Marcelo Barbarena Moraes, acusado de matar esposa e filha em uma casa de praia na cidade de Paracuru, litoral Leste do Ceará, acontece a partir das 9 horas desta segunda, 30, e pode entrar para a história do Ceará por ser o mais longo. O julgamento acontece cinco anos após os homicídios.

Serão ouvidas 26 testemunhas de defesa e acusação ao longo do dia, três delas por meio de videoconferência. Em seguida, o réu deve ser interrogado. Ele vai a júri popular.


Após o interrogatório, haverá os debates e a votação dos jurados. Como não existe um horário estipulado para o fim da sessão, ela pode acabar se prorrogando até o dia seguinte e, ser houver interrupção, irá se tornar o julgamento mais extenso na história do Ceará. "Nunca houve uma suspensão em julgamentos. Eles se estenderam pela madrugada", informa a promotora de Justiça do município, Anna Gesteira.


 Marcelo foi denunciado como autor do duplo homicídio triplamente qualificado, com motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima de feminicídio. A decisão sobre o empresário ir a julgamento foi proferida em outubro de 2016. Consta na denúncia ofertada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), que na madrugada do dia 23 de agosto de 2015, após discussão do casal Marcelo e Adriana, o acusado efetuou disparos contra a esposa e, em seguida, atirou na filha que estava dormindo. Na casa, duas famílias, a das vítimas e a do irmão do acusado, passavam o fim de semana.

Barberena foi preso  no mesmo dia do crime, horas após o fato. Ele confessou o crime em um dos primeiros depoimentos. Nas oitivas seguintes, mudou a versão afirmando ter sido forçado por policiais a confessar a ação. Atualmente, o acusado sustenta já ter se deparado com a esposa morta e ensanguentada no dia das mortes.

Em agosto de 2019, o STJ concedeu a Marcelo liberdade mediante cumprimento de medidas cautelares — decisão que persiste até hoje. Ele estava preso desde agosto de 2015.


( O Povo) 

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