O Brasil está judicializado, um momento ruim. Decisões e
gastos de Estado na economia, saúde, educação e segurança são
resolvidas no judiciário.
Esperto, o presidente Bolsonaro quer garantias
constitucionais para gastar além da meta fiscal, para não perder o
mandato com base na Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo quer a
aprovação de uma PEC que lhe autorize emitir papéis, gerar dinheiro e
inflação. Sem as garantias jurídicas, não tem verba além do previsto. A
aprovação do orçamento paralelo específico para gastar com o coronavírus
é a exigência do presidente.
A política fez de Bolsonaro o mais desconfiado de todos
os presidentes. Ele continua um "mito", não se envaidece com os gritos,
aplausos e palavras de incentivo. Ele não quer ser chamado de "burro"
ou de "bobo". Bolsonaro avalia que a oposição no Congresso quer levá-lo
ao impeachment. Um simples erro fiscal o tiraria de cena.