Brasileiros em Wuhan fazem vídeo solicitando
auxílio do governo de Jair Bolsonaro para retornarem ao País. Na
carta-aberta, divulgada em vídeo no Youtube na manhã deste domingo, 2,
eles dizem estar dispostos a passar pelo período de quarentena no
território brasileiro ou em países que possam recebê-los.
“Nós somos homens, mulheres e crianças de vários estados e
regiões do Brasil. Estudantes e trabalhadores, indivíduos e famílias de
brasileiros na China”, narra um trecho da carta-aberta.
Datada de 30 de janeiro, a carta é assinada
por brasileiros residentes na China. Alguns ainda permanecem em Wuhan,
na província de Hubei, epicentro do surto. “Reiteramos que não é de
forma leviana que fazemos este pedido, no momento em que essa carta está
sendo escrita, não há entre nós quaisquer casos de contaminação
comprovada, ou mesmo sintomas de infecção por coronavírus”, relata um
dos brasileiros no vídeo.
Os brasileiros recordam ainda que outros países já
estão se organizando para retirar seus cidadãos do país afetado pelo
surto. Segundo eles, o governo chinês está disposto a cooperar com a
repatriação de cidadãos brasileiros, oferecendo a assistência e
facilidades necessárias para a ação.
“Apesar de o Estado chinês estar envidando esforços
para dar suporte a toda a comunidade indistintamente, e adotando todas
as medidas para erradicar a epidemia, a situação de sermos expatriados
justifica que possamos demandar o suporte institucional brasileiro”,
sustenta outro trecho da carta-aberta.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na sexta-feira,
31, que o governo estuda estratégias para buscar brasileiros que vivem
na China e querem retornar ao Brasil. No entanto, até o momento descarta
a possibilidade de repatriação. Segundo Bolsonaro, é precioso
solucionar questões financeiras para que uma aeronave da Força Aérea
Brasileira (FAB) seja enviada ao país asiático. Outro problema seria a
falta de uma “lei de quarentena” no Brasil para manter os brasileiros em
monitoramento.
Até o momento, o número total de mortes na China
continental chega a 304. A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou
que 2.590 novos contágios foram registrados, elevando o número total de
casos para 14.380. Fora da China, foi confirmado o contágio de 170
pessoas em 26 países e territórios.
Com informações da Agência Brasil