Um dia após a Gol Linhas Aéreas iniciar a
venda de bilhetes antecipados para a rota Fortaleza-Tauá, o presidente
da companhia, Paulo Kakinoff, reafirmou o projeto da companhia de
ampliar sua participação na aviação regional brasileira, com atenção
especial ao Nordeste. A declaração foi feita durante a celebração dos 19
anos de fundação da empresa aérea, realizada no hangar da Gol no
Aeroporto de Congonhas, ontem, em São Paulo, ocasião em que foi lançada a
nova linha de uniformes da empresa.
A rota Fortaleza-Tauá tem viagem de aproximadamente 50
minutos e custa em torno de R$ 430, ida e volta, segundo pesquisa
realizada pelo O POVO ontem no site da companhia.
Além de Tauá, com duas frequências semanais, foram
confirmados voos diários para Jericoacoara e Juazeiro do Norte. Sobral
terá três voos semanais e São Benedito, Iguatu e Aracati que dois. São
oito cidades contempladas pela Gol.
O acordo foi anunciado pelo Governo do Estado no início
de dezembro e faz parte de um esforço de desenvolver a aviação regional
no Nordeste. Essa pauta foi tratada em reunião entre os secretários de
Turismo de toda Região, que aconteceu em Fortaleza, no mês de novembro
do ano passado.
Na época do encontro, Ceará e Bahia ficaram
responsáveis por montar um projeto para buscar apoio junto ao Governo
Federal. Sobre o plano, o presidente da Gol acredita que é um esforço
válido, mas é preciso analisar o caso de cada estado, já que possuem
necessidades diferentes. Mas a expansão no Ceará já se deve a
negociações nesse sentido, como também de ampliação da capacidade do hub
aéreo do Aeroporto de Fortaleza.
Apontado pelos secretários estaduais como um alvo
principal nessas negociações, a Gol está aberta à ampliação. "Se
chamarmos de regional todo voo que não liga capitais, a Gol já é a maior
companhia em voos regionais. Nosso foco é na expansão de destinos. Hoje
já vamos a praticamente todos os mercados com densidade suficiente",
complementa Kakinoff.
O executivo destaca que o ano passado foi de
acontecimentos inesperados, que acabaram por testar a capacidade de
atuação da empresa. "O ano de 2019 foi um dos mais desafiadores para a
Gol por causa das nossas movimentações de frota, que foram necessárias
por causa da retirada dos modelos MAX 737 e da saída da Avianca.
Assumimos o transporte de alguns passageiros que já haviam comprado
bilhetes", destaca.
Ele ainda afirma que, em 2019, a empresa ampliou sua
liderança de mercado, ocupando 36% da fatia total. No ano passado a Gol
transportou quase 36 milhões de passageiros. A companhia ampliou a
quantidade de funcionários, passando de pouco mais de 15 mil para 16,3
mil. "Nosso ano foi muito diferente do planejado, mas alcançamos
exatamente o resultado a que nos propomos".
o Povo