O presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarou na manhã desta segunda-feira, 12, que a partir da próxima semana irá acabar com os radares móveis
existentes no Brasil. Classificando como “máfia de multa”, ele disse
que o dinheiro arrecadado por meio dos “pardais” vão “para o bolso de
alguns poucos”.
“É uma roubalheira, essa verdadeira indústria da multa
que existe no Brasil”, afirmou Bolsonaro durante evento de duplicação da
BR-116, no Rio Grande do Sul.
Os radares são um dos principais alvos desde o começo
de sua gestão. A “Indústria da multa”, como costuma chamar, seria um
empecilho para o motoristas brasileiros. Em abril, Bolsonaro ordenou o
cancelamento da instalação de oito mil radares em rodovias federais.
Nesta segunda, durante seu discurso, Bolsonaro afirmou
estar “com uma briga na Justiça”, juntamente com o ministro da
Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, “para acabar com os radares
móveis do Brasil”.
“Deixar bem claro, não são apenas palavras. Essa máfia
de multa que vai para o bolso de alguns poucos aqui desta nação. É uma
roubalheira, essa verdadeira indústria da multa que existe no Brasil”,
declarou.
Presidente enfatizou que já está com projeto na Câmara
dos Deputados para ser votado com intuito de acabar com os radares a
partir da próxima semana. “Essa covardia de ficar num ‘descidão’, no
final de um ‘retão’, alguém atrás dum mato multar vocês: não existirá
mais. Estamos com projeto na Câmara que vai passar por essa bancada
maravilhosa que está aqui também”, pontuou.
Carteira de habilitação
Além disso, o presidente citou o projeto que seu
governo enviou à Câmara dos Deputados, aumentando a validade da Carteira
Nacional de Habilitação (CNH) de cinco anos para dez anos; e acabando
com a exclusividade dos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) de escolher qual médico pode conceder atestado de saúde para que os cidadãos consigam a habilitação.
Bolsonaro também afirmou ter sugerido que o limite
máximo de pontos para que um motorista perca a habilitação seja
aumentado de 20 pontos para 40 pontos. "Porque quando um motorista
profissional perde sua carteira de motorista, na verdade ele está
perdendo a sua carteira de trabalho", defendeu.
Reeleição
No discurso de cerca de dez minutos, quando ao fundo
era possível ouvir pessoas gritando "mito", Bolsonaro mencionou ainda
que pretende, "em 2023", integrar a malha ferroviária da região Sul com a
malha em construção que ligará o porto de Itaqui, no Maranhão, ao porto
de Santos, em São Paulo.
"Não dá pra fazer antes de 2023", afirmou o presidente, sinalizando que buscará a reeleição em 2022.
Com Agência Estado