Natal deve injetar R$ 540 milhões no comércio de Fortaleza

Blog do  Amaury Alencar
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O Natal de 2025 deve confirmar, mais uma vez, a data como a “13ª folha de pagamento” do varejo fortalezense. Levantamento do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), da Fecomércio, projeta um faturamento de R$ 540 milhões para o comércio varejista da Capital, impulsionado sobretudo pela compra de presentes. A expectativa representa um crescimento de 7,4% em relação às vendas do Natal de 2024 e reforça o papel da data como o principal motor comemorativo do calendário do setor. Segundo a pesquisa, 57,1% dos consumidores da cidade já declararam intenção de compra, e 13,8% ainda estão indecisos.


Mais do que consumir, o fortalezense pretende celebrar: 74% dos entrevistados afirmaram que vão comemorar o Natal, majoritariamente em casa (58,6%) ou na residência de familiares e amigos (35,7%). Esse dado ajuda a explicar a força da data para o varejo, na medida em que os encontros intimistas e familiares costumam vir acompanhados da troca de presentes. A pesquisa aponta ainda consumo distribuído entre shoppings e centros comerciais e uma forte demanda por categorias de rápida reposição, como vestuário, brinquedos e chocolates.


O padrão de compra identificado pelo IPDC revela um consumidor cada vez mais racional e planejado. Promoções (57,9%) e preços (48,1%) aparecem como os principais fatores que determinam a entrada do cliente na loja, indicando que os descontos são usados como ferramenta de gestão do orçamento, e não apenas como gatilho de impulso. Qualidade (30,9%) e variedade (25,1%) também têm peso relevante na decisão, o que aponta para um consumo orientado pela necessidade e pelo valor percebido, mais do que pela simples “vitrine emocional” da data.


Tíquete médio
O tíquete médio estimado reforça essa lógica. O valor médio do presente deve atingir R$ 213, sugerindo uma preferência por produtos de valor moderado. A pesquisa mostra que 52,5% dos consumidores pretendem pagar com cartão de crédito e 46,6% planejam dividir as compras em duas ou três parcelas, um desenho típico de famílias com renda estável, mas insuficiente para arcar com gastos sazonais elevados à vista. Além disso, 51,6% dos entrevistados dizem que devem adquirir três produtos, o que ajuda a consolidar um padrão de compra distribuído e financeiramente controlado, com foco na otimização do orçamento familiar.


Na lista dos presentes mais desejados, predominam itens de alta rotatividade e tíquete médio, como roupas e artigos de vestuário (58,3%), brinquedos (33,8%), chocolates e bombons (20,3%), cosméticos e perfumes (20,1%) e sapatos, cintos e bolsas (17,7%). A análise comportamental também revela uma forte antecipação das compras: 40% dos consumidores pretendem ir às lojas antes das datas tradicionais.

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