
O deputado federal Júnior Mano (PSB) reforçou, ontem (22), o apoio ao senador Cid Gomes (PSB) e disse que o apoiará caso decida disputar a reeleição. Cid, desde o início do ano, vem negando ser candidato ao Senado e declarando seu apoio a Júnior Mano para sucedê-lo na Câmara Alta.
“Ele é um homem de palavra, eu sou um homem de palavra. Na política, a gente não precisa formular documento, não precisa assinar. A palavra final é a palavra que se diz. Eu confio plenamente na palavra dele”, afirma Júnior Mano.
Cid já afirmou que tem o compromisso com Júnior Mano de que, caso o PSB tenha candidato ao Senado em 2026, trabalhará pela indicação do deputado federal. O acordo, segundo Mano, foi feito durante o convite para que se filiasse ao PSB.
“Se ele realmente quiser, e é direito dele ser candidato à reeleição, por mim, não muda em nada, continuo na mesma admiração. Apoiarei ele onde eu estiver e independe de qualquer situação. Se ele disser que é, tem meu apoio”, afirmou o deputado.
Júnior Mano disse ainda ser “natural” a preferência do governador Elmano de Freitas (PT), do ministro Camilo Santana (PT), e de alguns nomes do PSB, como o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Romeu Aldigueri, pelo nome de Cid como candidato na chapa majoritária. Porém, garantiu que sabe o próprio “tamanho” político e continuará trabalhando pelo Senado.
“Em janeiro, vou trabalhar mais forte visitando os municípios e levando a minha mensagem”, disse o deputado federal. O movimento tem o aval do senador Cid, que segue se reunindo com prefeitos no interior do Ceará e pedindo que apoiem o nome de Mano como candidato ao Senado.
Grupo majoritário e outras possibilidades
Para o deputado, qualquer alteração no plano deverá passar por debates internos no PSB, “sem traumas para o partido”. Mesmo com as garantias de Cid, Mano citou o risco de “deliberações” dentro do partido e que pode haver “maioria vencida”. “Eu continuo na minha, acredito na palavra do senador Cid Gomes”.
“Dentro de um conjunto majoritário, tem o projeto do governador Elmano, a liderança do senador e ministro Camilo Santana e também dos outros partidos, o bloco do arco de aliança para poder, em junho ou julho ter as definições mais concretas. Mas existem vários espaços para agremiações”, analisou Mano.