Os sindicatos em greve devem manter 80% do efetivo dos Correios em atividade em cada uma das unidades da estatal. A determinação é da ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), relatora do processo que trata do dissídio coletivo dos trabalhadores da empresa.
Parte da representação dos trabalhadores aprovou a greve na estatal, que passa por uma crise financeira e recebeu nesta quinta-feira aval para um empréstimo de R$ 12 bilhões.
Pela decisão do TST, os dirigentes sindicais também estão impedidos de atuarem na entrada das unidades para inibir a entrada de funcionários e de cargas postais por causa do movimento de paralisação.
Multa por descumprimento
Em caso de descumprimento da decisão, a ministra fixou multa diária de R$ 100 mil a ser paga pelo sindicato.
A decisão ocorre após sindicatos da categoria terem aprovado a deflagração da greve em meio às audiências mediadas pelo TST.
A mediação do TST foi pedida pela direção dos Correios para evitar que a paralisação prejudique ainda mais a situação financeira dos Correios e a prestação dos serviços.
Em uma tentativa de chegar a um consenso com os funcionários em torno do acordo coletivo de trabalho (ACT), os Correios propuseram na terça-feira a concessão de reajuste pela inflação e cederam em outras cláusulas favoráveis à categoria, mas sem pagamento de “vale-peru”. Até então, a empresa vinha propondo reajuste zero diante da grave situação financeira da estatal.
Os funcionários querem manter benefícios, como adicional de 70% de férias, pagamento de 200% nos finais de semana e concessão de “vale-peru” de R$ 2.500, mas os Correios vêm argumentando que a situação da estatal não permite.
