O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende aproveitar o bom momento político e a “maré cheia” de popularidade para impulsionar novas pautas voltadas à classe trabalhadora. Após a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais — uma das promessas mais simbólicas da campanha —, o Planalto avalia que é hora de avançar em medidas que consolidem a imagem de um governo comprometido com a valorização do trabalho e a inclusão social.
Entre as ações previstas, estão o fim da escala 6×1 — modelo em que o trabalhador atua seis dias por semana e descansa apenas um —, a implantação gradual da tarifa zero no transporte público urbano e a criação de uma linha de crédito especial, com juros reduzidos, para que entregadores de aplicativo possam adquirir motos novas. Essas propostas, de forte apelo popular, dialogam com a base que sempre sustentou o projeto petista: os trabalhadores e os setores mais afetados pela desigualdade econômica.
O governo também pretende marcar o mês de outubro com uma ação simbólica voltada à educação: a entrega da Carteira Nacional do Docente, uma iniciativa que busca reconhecer e valorizar os professores de todo o país. O documento deve reunir benefícios, facilidades de acesso a formações continuadas e descontos em serviços, reforçando a importância do magistério como pilar do desenvolvimento nacional.
Aliados de Lula afirmam que o presidente deseja encerrar o ano com uma agenda de realizações que fortaleça o vínculo com os trabalhadores e reforce a confiança da população nas políticas públicas. A ideia é manter o ritmo positivo da gestão e mostrar que o governo está atento às demandas sociais, com foco em resultados concretos e em medidas que melhorem o dia a dia do cidadão.
A “maré cheia”, segundo auxiliares, representa uma janela de oportunidade para o governo consolidar sua narrativa de reconstrução e esperança — associando crescimento econômico, justiça social e valorização do trabalho como marcas do terceiro mandato de Lula.
