“Ficamos muito honrados de receber o encontro com entidades de estatísticas de mais de 30 países. São países do BRICS, de Língua Portuguesa, do bioma amazônico, do Mercosul, para discutir referências de como fazer o melhor trabalho com dados que subsidiam a decisão de políticas públicas. Com base nesses fatos é que nós tomamos as decisões para que de fato as políticas públicas cheguem em quem de fato precisa”, afirmou o governador.
O Triplo Fórum Internacional de Governança do Sul Global é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a co-coordenação do Governo do Ceará, por meio da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) e do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). A abertura do Fórum também contou com as presenças do presidente do IBGE, Marcio Pochmann; primeira-dama do Estado e presidente Comitê Intersetorial do Programa Ceará Sem Fome, Lia de Freitas; do titular da Seplag Ceará, Alexandre Cialdini; do presidente do Ipece, Alfredo Pessoa; entre outras autoridades.
Mais de 12 delegações confirmaram presença no evento: Angola, África do Sul, Colômbia, China, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Equador, Indonésia, Moçambique, Rússia e Uruguai. Durante três dias, a programação vai contar com palestras e oficinas direcionadas ao debate sobre novos indicadores e temas estratégicos para o desenvolvimento e a sustentabilidade na Era Digital.
O Fórum também faz parte das agendas para o encontro entre o Mercosul e o BRICS, que será presidido no Brasil em 2025, tendo o IBGE como o representante brasileiro dos institutos de pesquisa desses países.
Gestão pública orientada por dados
Na abertura, o governador citou o Programa Ceará Sem Fome como um exemplo do trabalho em parceria com instituições de pesquisa para melhorar a vida dos cearenses. “Resultado dessa iniciativa [Ceará Sem Fome] e de tantas outras políticas sociais, retiramos da extrema pobreza e da pobreza 624 mil pessoas nos últimos dois anos, em um estado com cerca de 9 milhões de habitantes”, disse.
Para Elmano de Freitas, um ponto fundamental do Fórum é o diálogo sobre a integração de dados e de sistemas das instituições públicas. “Nós ainda temos muitos desafios. Se nós olharmos com atenção, temos um banco de dados muito consistente na Saúde, na Proteção Social, na Educação. Mas hoje, no Brasil, ainda não integramos esses bancos de dados todos. São ainda fragmentados. Então nós temos muita coisa para avançar”, avaliou.
Ainda na avaliação do chefe do Executivo Estadual, dados sociais e econômicos também precisam ser trabalhados dentro de uma visão sistêmica. “Hoje não temos um dado preciso de uma uma mesma família que recebe o Pé-de-meia, o Bolsa Família, o Ceará Sem Fome, o Vale Gás Social, isso tudo não está integrado. Precisamos também conhecer os dados de demanda de hidrogênio verde pelo mundo, como está a situação de matriz energética nos diversos países, porque é isso que vai subsidiar a viabilidade do investimento”, concluiu.
Ceará no centro do Sul Global |