Sertão Central registra primeiro caso de febre do Oropouche; vírus se espalha por novas regiões do Ceará

Blog do  Amaury Alencar
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A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou o primeiro caso de febre do Oropouche em Quixadá, município do Sertão Central cearense. A confirmação consta no mais recente boletim epidemiológico divulgado pelo órgão. Com o registro, a cidade passa a integrar a lista de municípios com notificações da arbovirose no estado, que já acumula 310 casos confirmados em 2025, até o dia 5 de abril.


Este é o primeiro caso identificado na região do Sertão Central, composta por 18 municípios. Até então, os casos da doença estavam concentrados, principalmente, na região do Maciço de Baturité. Com o avanço, a febre do Oropouche amplia sua presença no território cearense, incluindo agora também cidades como Maracanaú e Fortaleza.

Segundo a Sesa, os casos mais recentes – incluindo o de Quixadá – são considerados “importados”, ou seja, os pacientes foram infectados fora do local onde residem, o que indica a circulação do vírus em áreas específicas e reforça a necessidade de vigilância.

Sobre a doença

A febre do Oropouche é causada por um vírus transmitido, principalmente, pelo mosquito maruim, comum em ambientes urbanos e rurais. O pernilongo Culex quinquefasciatus também pode atuar como vetor.

Entre os principais sintomas estão febre alta, dor de cabeça, dores musculares, náusea e diarreia. Devido à semelhança com outras arboviroses, como dengue e chikungunya, a orientação da Secretaria da Saúde é que pacientes com sintomas procurem atendimento médico nos primeiros dias. O exame RT-PCR é o mais indicado para confirmação da infecção, especialmente até o 5º dia após o início dos sintomas.

Prevenção

Para conter a proliferação do vírus, a Sesa reforça medidas preventivas, como:

  • Eliminar água parada em recipientes
  • Manter quintais limpos
  • Evitar o acúmulo de lixo e folhas
  • Utilizar telas e repelentes, especialmente em áreas com maior presença de mosquitos

As autoridades de saúde seguem monitorando a situação no estado e reforçando a necessidade de ações integradas de vigilância epidemiológica e controle vetorial

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