Em novo capítulo dessa longa novela, a Justiça Federal, ao fundamentar o pedido de investigação sobre os descontos nos benefícios previdenciários, apontou para “fundados indícios de lavagem de dinheiro” de pessoas ligadas à Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), como diretores e procuradores.
De acordo com a decisão do juiz Frederico Botelho de Barros Viana, juiz federal substituto da 15ª Vara Federal de Brasília, a CGU (Controladoria-Geral da União) identificou que, no intervalo de 2019 a março de 2024, foram descontados, a título de contribuições associativas, 4 bilhões e 200 milhões de reais.
Um detalhe chamou a atenção dos investigadores: desse total, R$ 2 bilhões foram recebidos pela Contag.
A polícia ainda identificou um fluxo financeiro atípico da confederação, que é detalhado em RIFs (Relatório de Inteligência Financeira) produzidos pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) por existirem “fundados indícios de lavagem de dinheiro”.
Os relatórios indicam a saída de R$ 26,4 milhões, fracionados para um total de 15 beneficiários, mas com concentração e destaque para as pessoas jurídicas.
