A população de Milhã, no Sertão Central do Ceará, vive racionamento extremo de água desde o início de novembro. O Açude Jatobá, responsável pelo abastecimento da cidade, está com apenas 6,7% da capacidade, segundo informações do Portal Hidrológico do Ceará, atualizado nesta terça-feira (19).
A adutora Patu, localizada na cidade de Senador Pompeu, que costumava socorrer Milhã em tempos de seca, está sem condições de uso. O projeto Malha D'água só deve liberar água para cidade entre março e abril de 2025, segundo a Prefeitura de Milhã.
Por conta disso, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) tem intercalado o abastecimento na cidade, o que faz com que a população tenha acesso à água em apenas três ou quatro dias da semana. A água disponível também não é adequada para consumo, segundo informações da Prefeitura de Milhã.
Para tentar reverter a crise, a Prefeitura de Milhã tem feito a limpeza de poços profundos de água salgada e iniciou a licitação para a contratação de carros-pipa para a cidade.

Solução para abastecimento
Devido à crise hídrica enfrentada pela cidade, o prefeito Alan Macêdo instalou uma Comissão Especial de Enfrentamento à Crise nesta segunda-feira (18), para o “planejamento e execução de medidas emergenciais”, segundo informou em boletim.
Uma delas é a limpeza de poços profundos de água salgada para a reativação dos equipamentos. A ligação dos poços, no entanto, só deve ocorrer quando a água estiver em condições de uso, o que ainda não tem previsão.
A limpeza está sendo feita em parceria com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) e com a Superintendência de Obras Hidráulicas (SOHIDRA), ambas vinculadas ao Governo do Ceará.
Diário do Nordeste
