Governo faz última proposta a professores, com reajuste de 13% a 31% até 2026

Blog do  Amaury Alencar
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Professores estão de greve há pelo menos um mês e nogociam com o governo

Professores estão de greve há pelo menos um mês e nogociam com o governo Crédito: Samuel Setubal


Mais uma reunião da Mesa Específica Temporária foi realizada quarta-feira, 15, com membros do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e de representantes dos professores. O governo Lula manteve os moldes das propostas anteriores que aplica os reajustes em 2025 e 2026, sem reajuste este ano. A mudança é que os índíces vão variar de acordo com os degraus da carreira, variando de 13,6% a 31,2%, até 2026. Esta é a última proposta que o governo vai apresentar.

As informações foram repassadas por membros da direção da Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) após o encontro. Conforme Jennifer Webb, integrante da diretoria do sindicato, o grupo esperava que o governo avançasse na contraproposta que os docentes apresentaram no dia 19 de abril. No entanto, a gestão manteve os 0 de reajuste em 2024, que vinha sendo alvo de críticas do sindicato.

Ela explicou que o governo, então, apresentou reajustes que se adequam para cada estágio da carreira, com cada "estepe" tendo um índice individual de reajuste. Os que ganham mais receberiam um aumento de 13,6% até 2026, enquanto os que ganham menos teriam 31,2%, até o fim do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Gustavo Seferian, presidente da institução, considerou que o sindicato conseguiu negociar de alguma forma com o governo. "Nós pudemos apontar pontos de tensão e contradição diante do primeiro desenho”, disse ele.

O presidente pontuou que os professores têm uma data-limite para retornar se aceita ou não a proposta que será a última apresentada pela gestão. A data será o dia 27 de maio, momento em que, segundo o presidente, o governo firmará o acordo "com a assinatura de qualquer entidade".

O comando da greve irá se reunir para iniciar a divulgação dos informes para que sejam realizadas assembleias com os grevistas nos Estados. Inicialmente, a proposta do governo era de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Já a contraproposta dos servidores foi de 7,06% este ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026.


 O grupo pede a reposição completa dos 22,71% perdidos desde 2016, além do compromisso do governo de considerar as perdas hitóricas das categorias nas negociações futuras. Na terça-feira da semana que vem, 21, o ministério terá reunião com os representantes dos técnicos administrativos das universidades federais.

Segundo o Andes, 51 universidades federais (de um total de 63 no País) aderiram à greve. Já o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, o Sinasefe, calcula que a tenha chegado a 550 campus de 39 institutos federais, além de duas unidades do Cefet e o Colégio Pedro II. 

No Ceará, professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) estão de greve a um mês, desde 15 de abril. A greve foi deflagrada em Assembleia Geral, em 9 de abril, após a categoria rejeitar a proposta apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) acerca do reajuste salarial.


                                                 O POVO 

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