A medida seria aprovável, não fosse a prioridade que se denota no momento de crise nacional. Moradores, como é fácil ser provado através de matérias, por exemplo, da SerTão TV, cobram ações de natureza básica, como a entrega de kits da merenda escolar, com a promessa de contemplação a cada dois meses. Porém, já se foram quase cinco meses desde a última entrega.
Talvez ainda mais grave seja a falta de insumos extremamente necessários nos postos de saúde, como o relato e cobrança obtido no Planalto Sabonete: a falta de esparadrapos e gazes. A situação do posto se assemelha ao fato de morar em uma residência sem água para beber.
Outro detalhe é a falta de atendimento de dentistas em horário integral, porque a central de ar encontra-se com defeito e, no período da tarde, alegam não ter condições de atender por conta da alta temperatura.
Enquanto diversas reinvindicações chegam, a preocupação da gestão quanto a estes equipamentos demonstra ser mostrar para a população que, pelo lado de fora, as paredes estão apresentáveis, por mais que o idoso tenha que tirar do bolso para comprar insumos para fazer um simples curativo ou que uma mãe de aluno que deveria ter maior assistência tenha recebido apenas um kit de alimento em oito meses.
A ordem na interna, como apurado, ao que indica, é mobilizar o exército de cargos de confianças e indicações para defesa a todo custo. Mas já diriam os bons: só sabe onde aperta o sapato quem calça.
Somente a população, mais humilde e mais necessitada de atendimento público, nos mostra a vida real, contrária ao mundo perfeito construído nas redes sociais.
Do Repórter Ceará (Foto: Arquivo/SMC)
