Ciopaer da SSPDS completa 26 anos de existência com profissionais de segurança sempre prontos para proteger e salvar

Blog do  Amaury Alencar
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“A Ciopaer é formada  por mais de 200 profissionais e dez aeronaves. É importante frisarmos que o mais importante não são os equipamentos e as máquinas que aqui estão, mas sim as pessoas. Os profissionais que se dedicam diariamente a essa missão de voar para proteger e salvar”. Essa fala é do piloto comandante da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciopaer), tenente-coronel da Polícia Militar do Ceará (PMCE), Hélio de Alencar Filho.

A fala do oficial, que atua há 16 anos na Coordenadoria, demonstra bem qual é o espírito da Ciopaer e das forças de segurança do Ceará em geral. Ou seja, que é o de servir e proteger a sociedade. Neste dia 4 de julho, a Coordenadoria que integra a estrutura da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS/CE) completa 26 anos. Patrulhamentos, apoio às ocorrências policiais, transportes aeromédicos e agora também transporte de vacinas contra a Covid-19. O leque de ações desenvolvidas pela unidade aérea traduzem a sua importância no cenário da segurança pública e defesa social do Estado.

Só em 2021, já foram contabilizadas 893 horas voadas, em 899 missões. Os principais voos foram de patrulhamento, com 303 horas voadas, seguido de apoio às operações policiais, com 139; e as entregas de vacinas, com pouco mais de 144.

Desde a sua criação, no ano de 1995, quando ainda era chamada de Grupamento de Policiamento Aéreo da Polícia Militar do Estado do Ceará (GPAer), até aqui, foram vários avanços e mudanças, trazendo consigo uma trajetória de bons resultados e referência nacional no quesito aviação de segurança pública no País.

No aniversário da Coordenadoria, o secretário da SSPDS, Sandro Caron, aproveitou para parabenizar o trabalho de todos e aproveitou para reforçar sobre o sentimento de ser um profissional de segurança pública. “Eu sempre tive o sonho de ser policial. Acho que pelo desejo de proteger as pessoas, pelo sentimento de sempre evitar injustiças. E é esse sentimento que eu vejo no dia a dia dos homens e mulheres que integram a segurança pública do Ceará. Segurança pública essa que está em todo lugar, seja em terra ou seja no ar, através da Ciopaer”, destacou.

A unidade aérea hoje está presente nos quatro cantos do Estado, com a sua base principal na Capital do Ceará, no Aeroporto de Fortaleza – Pinto Martins, e também nas cidades de Quixadá, Juazeiro do Norte e Sobral. Há previsão ainda que em breve, o Governo do Ceará inaugure uma base na cidade de Crateús, o que permitirá uma cobertura ainda maior e um tempo de resposta mais rápido às ações registradas em território cearense.

Início de uma história de sucesso

Os primeiros passos da Ciopaer nasceram em 1995, com a criação do Grupamento de Policiamento Aéreo (GPAer) da Polícia Militar do Ceará (PMCE). Em 2001, quando passou a integrar a estrutura da SSPDS, a Ciopaer, que agora também já contava com o efetivo de policiais civis e bombeiros militares, passa a desempenhar ações de apoio a operações policiais, patrulhamento aéreo, resgates, transportes aeromédicos, transporte de pessoal, apoio às ações de defesa civil, transporte de órgãos e tecidos humanos para transplante, monitoramento ambiental e de recursos hídricos, geração de imagens para fins de segurança pública e institucionais, entre outras atividades.

Com os incansáveis investimentos do Governo do Ceará, com a aquisição de aeronaves modernas, atualmente a unidade possui nove helicópteros (um EC130 B4, dois AS350B2 esquilo, três Airbus EC135 e três EC145) e um avião modelo Cessna 210.

Um dos personagens mais emblemáticos do efetivo da coordenadoria é o subtenente da PMCE Burton Deyves, que atualmente trabalha como supervisor de manutenção aeronáutica da Ciopaer, mas que já integra o quadro de militares e servidores da unidade há 19 anos.

Entre uma foto antiga e outra que mostra a história da unidade, o policial militar conta que começou sua carreira como tripulante operacional, até decidir ir para a parte responsável pela mecânica das aeronaves. “Eu tenho muito orgulho de pertencer à Ciopaer, de fazer parte da área de manutenção (das aeronaves). Fazendo aqui o que a gente gosta, o que a gente ama. Então eu posso dizer que eu vivencio a Ciopaer”, fala com orgulho sobre o seu importante papel.

E por falar em missão, o coordenador da Ciopaer, coronel aviador FAB, Darley Sousa, comentou sobre o orgulho sentido por todos em cada ação bem-sucedida. “O nosso lema ao cumprir todas essas missões é voar para proteger e salvar. E toda vez que uma aeronave nossa pousa aqui na Ciopaer, em regresso de uma missão, é uma alegria enorme. Não só para mim, como coordenador, mas para todo o nosso efetivo por mais uma missão cumprida”, revela.

O coordenador aproveita para parabenizar a todos da Coordenadoria. “São 26 anos de história contadas ao longo desse tempo em prol da sociedade cearense. Uma história muito bonita, construída com muita dedicação de todos os nossos servidores, de muita luta, mas muito gratificante”, pontuou.

Quebrando paradigmas

Ao longo da história da Ciopaer, uma mulher se destaca. Essa profissional de segurança é a capitão PMCE, Lívia Marinho. A oficial se tornou a primeira mulher comandante de aeronave da história da Ciopaer, no dia 19 de novembro de 2020. Em um dia histórico, ela chegou ao hangar da coordenadoria pilotando a Fênix 03, sob os olhares de várias pessoas que foram ao local prestigiá-la. À época, o secretário da SSPDS, Sandro Caron, participou do voo comandado pela capitã.

Hoje, pouco mais de sete meses depois e em comemoração aos 26 anos da unidade, a oficial que atualmente se encontra lotada na base da Ciopaer em Sobral, profere palavras de empoderamento feminino. “Antes, a mulher pilotar uma aeronave poderia parecer algo distante. Mas hoje é algo possível. Eu estou aqui para provar que é sim possível e que podemos contribuir muito com a segurança pública do nosso Estado”, ressalta.

Aeromédico

A Ciopaer também está à disposição da população com suas missões aeromédicas que acontecem por meio de uma parceria entre as secretarias da Segurança e da Saúde. As aeronaves da Ciopaer possuem a capacidade de transportar pacientes e dispõem de aparelhos que apenas o Exército dos Estados Unidos da América e o clube de automobilismo alemão Allgemeiner Deutscher Automobil-Club (Adac) possuem.

“Nós temos aeronaves biturbinas que permitem deslocamento para áreas de acesso remoto, e dentro disso, a gente realiza resgate com equipamento de uma UTI (unidade de terapia intensiva) aérea. Nós temos monitores, desfibriladores, a possibilidade de entubar pacientes e de fazer ventilação mecânica durante o transporte, com qualidade”, explica o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Antônio Emílio.

Duas aeronaves possuem UTIs embarcadas e são utilizadas para diversos trajetos para o atendimento aeromédico no Estado. Outros dois modelos H135, embarcados com equipamentos portáteis/móveis, também estão habilitados para realizar o serviço que salva vidas e encurta o tempo de socorro do traslado entre hospitais no Ceará. Só neste ano de 2021, a unidade contabilizou 95 horas voadas para remoções aeromédicas e inter-hospitalares.

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