Prefeito Bruno Covas tem quadro irreversível, diz boletim médico

Blog do  Amaury Alencar
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Covas está licenciado da prefeitura de São Paulo para realizar o tratamento.  (Foto: Sergio Andrade)
Covas está licenciado da prefeitura de São Paulo para realizar o tratamento. (Foto: Sergio Andrade)


O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, apresentou uma piora no seu quadro de saúde e está em situação irreversível, de acordo com boletim médico divulgado nesta sexta-feira, 14. Nesta noite, ele se encontra no quarto do hospital recebendo medicamentos analgésicos e sedativos, conforme detalhou o documento divulgado pelo hospital e publicado nas redes sociais de Bruno. O prefeito está acompanhado de seus familiares.

Covas luta contra um câncer no sistema digestivo, já com metástase nos ossos e no fígado, e está internado desde o dia 2 de maio no Hospital Sírio Libanês. A descoberta de um sangramento no estômago fez com que o quadro do gestor se agravasse e ele fosse transferido para a UTI. No mesmo dia de sua internação, ele havia anunciado que se afastaria da prefeitura por um período de 30 dias para se dedicar exclusivamente ao tratamento médico.

 O prefeito deu entrada no hospital para realizar exames de sangue, de imagens e endoscópico, com o objetivo de prosseguir o tratamento quimioterápico e imunoterápico, o que identificou a presença de um sangramento no local do tumor inicial. Internado, ele iniciou o tratamento com radioterapia para tentar controlar o sangramento e chegou a apresentar melhora no começo da semana passada. 

Durante as últimas semanas, Covas recebeu no hospital a presença de familiares e políticos, como o prefeito em exercício, Ricardo Nunes (MDB), o governador João Doria (PSDB) e o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM). Mesmo durante a internação, Covas fez postagens nas redes sociais, indicando otimismo pela sua evolução. "Continuo a lutar aqui no Hospital. Sem baixar a cabeça e sem perder minha motivação", escreveu no último domingo, 9.

Histórico

O prefeito descobriu que tinha câncer em outubro de 2019, quando exames que vinham sendo realizados para investigar o surgimento de uma trombose apontaram a existência de três tumores - um no fígado, um na cárdia (a transição entre o estômago e o esôfago) e outro nos gânglios linfáticos. Os médicos atacaram a doença com imunoterapia e quimioterapia, e dois dos três tumores chegaram a desaparecer. O do fígado havia diminuído, mas ainda persiste.

Em fevereiro deste ano, os médicos identificaram um novo tumor no fígado, e ele retornou à quimioterapia. Entretanto, ao longo desta nova etapa do tratamento, a doença se mostrou mais agressiva, se espalhando para mais pontos do fígado e de seus ossos. A partir de abril, novas complicações debilitaram ainda mais a saúde do prefeito que, mesmo assim, sempre se manteve muito otimista e determinado a enfrentar a doença e permanecer com o tratamento.

(Com Agência Estado)

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