Cidade no interior de São Paulo governada por prefeito bolsonarista vivencia surto de Covid-19

Blog do  Amaury Alencar
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Prefeito de Mirandópolis, Everton Sodario (PSL). (Foto: Reprodução/Facebook)
Prefeito de Mirandópolis, Everton Sodario (PSL). (Foto: Reprodução/Facebook)

A cidade de Mirandópolis, no noroeste do estado de São Paulo, vivencia um aumento expressivo no número de casas da Covid-19. No período de um mês, o total de mortes contabilizadas pela prefeitura desde o início da pandemia passou de 24 para 65, um salto de 170,8%. Com uma população estimada em 30 mil habitantes, o número de casos confirmados subiu 52,5% no período. 

A situação acontece durante a gestão do prefeito Everton Sodario (PSL), 27, apoiador assíduo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Desde 2020, o gestor seguiu os passos do governo federal diante da na cidade pandemia e agiu de forma a minimizar a doença, atacar o distanciamento social e pregar o tratamento com medicamentos sem comprovação científica.

Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, dentro do hospital municipal, no auge da crise havia
pacientes internados na enfermaria e em locais como a sala de endoscopia. Houve momentos com falta de material como luvas, seringas e agulhas. Enquanto isso, medicamentos usados para sedar pacientes antes da intubação, como midazolam e fentanil, foram substituídos por outros menos indicados, como diazepam e morfina.


Chamado de "Bolsonaro caipira" na região, o prefeito foi eleito para um mandato tampão em 2019, sendo reeleito no ano passado. Nas redes sociais, ele ataca duramente o governador João Dória (PSDB), a qual já chamou de "traidor do povo" e "calcinha apertada". Em suas publicações, o prefeito chamou ps partidos PT e PSOL de "dois cânceres que tem que serem eliminados" e chegou a usar a foto do ex-presidente dos EUA Donald Trump em seu perfil.

Desde o início da pandemia, Sodaria se manifesta contra o Plano de São Paulo, mantendo o comércio aberto. A posição lhe custou uma multa de R$ 40 mil e bloqueio dos bens pelo Ministério Público. Em fotos, é normal ele aparecer sem o uso máscara de proteção andando pela cidade, dizendo que "aqui não tem home office".


Defensor da hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectiva contra a Covid, sua gestão gastou desde o início de 2020 R$ 22 mil na compra de 26 mil comprimidos dos remédios para o serviço municipal de saúde, ignorando as evidência científicas. As compras continuam mesmo no auge da piora das casos.


 Sodario também é contra a Coronavac. "Sou o primeiro a não tomar essa vacina chinesa e não abrigarei meu povo a tomar essa porcaria", escreveu em outubro do ano passado.

Apesar do grande aumento da doença na cidade, o prefeito nega ter que aumentar as medidas restritivas. Ele mantém posição em defesa ao "tratamento precoce", defendendo que os remédios "amenizam a situação". À Folha, apesar de ter aplicado 6.500 doses da Coronavac, ele alega que não simpatiza com a vacina. "Eu não tomo a Coronavac, porque tem uma eficácia bastante baixa. Todas essas vacinas foram feitos de forma bastante precipitada. Mas não vou proibir o munícipe de tomar", disse.

                                     o Povo 




Sodario também é contra a Coronavac. "Sou o primeiro a não tomar essa vacina chinesa e não abrigarei meu povo a tomar essa porcaria", escreveu em outubro do ano passado.

Apesar do grande aumento da doença na cidade, o prefeito nega ter que aumentar as medidas restritivas. Ele mantém posição em defesa ao "tratamento precoce", defendendo que os remédios "amenizam a situação". À Folha, apesar de ter aplicado 6.500 doses da Coronavac, ele alega que não simpatiza com a vacina. "Eu não tomo a Coronavac, porque tem uma eficácia bastante baixa. Todas essas vacinas foram feitos de forma bastante precipitada. Mas não vou proibir o munícipe de tomar", disse.

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