Coronavírus: Sobral tem o maior número de infectados e é o segundo em mortes

Blog do  Amaury Alencar





Apesar das medidas rígidas de confinamento, Sobral não está nada bem em comparação com cidades cearenses. Entre as cidades cearenses com população superior a 50 mil habitantes, Sobral tem o maior número de infectados, levando-se em conta a escala de ocorrência para cada 100 mil pessoas. Em número de mortes, só perde para Fortaleza.

Em termos absolutos, conforme números da Prefeitura de Sobral do dia 14 de junho, o município contabiliza 4.232 casos e 172 mortes. Acima de Sobral, apenas Fortaleza, com 30.426 casos e 2.854 óbitos. Já em termos comparativos, quando se usa escala de ocorrência por 100 mil habitantes. Sobral figura em primeiro lugar com 2.026 casos a cada 100 mil habitantes. Seguem-se: Eusébio (1.960), Acaraú (1.671), Quixadá (1.378) e Morada Nova (1.168).

Em número de mortes, Sobral, com 82 óbitos por cada 100 mil habitantes, só perde para Fortaleza (107). Em terceiro lugar, empatados, com 78 mortes, Maracanaú e Cascavel. Em quinto, Pacatuba (70). Leve-se em consideração que Sobral tem alto índice de testagem, por isso está em nona colocação na taxa de letalidade (4,06%), abaixo da média do Ceará (6,3%).


Um número bom para Sobral, e que costumeiramente não é divulgado pela prefeitura, é a quantidade de recuperados. A primeira cidade em número de recuperados é Eusébio, 1.574 a cada 100 mil habitantes. Em segundo, Sobral (1.449), Acaraú (1.245), Quixadá (1.201), e Morada Nova (1.068).


Em uma live com gerentes de postos de saúde dos distritos, na última quinta-feira (11/06), o prefeito se enganou e levou a engano seus aliados na saúde, ao dizer que “a presença da atenção básica nos territórios é de extrema importância e tem feito com que os números de Sobral sejam melhores que os do Ceará e do Brasil” .

Não, na verdade, Sobral tem os piores números comparados com as demais cidades cearenses. O único item bom é o numero de recuperados, mas o prefeito não gosta de divulgar.

Fonte: Sobral Post / Luciano Clever