Em dia que o Brasil chegou ao recorde de
mortes confirmadas por coronavírus em 24 horas, com 474 novos óbitos,
nesta terça-feira, 28, o presidente Jair Bolsonaro afirmou não ter que
fazer, ao ser questionado sobre o recorde. "E daí? Lamento. Quer que eu
faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", disparou, em
referência ao próprio sobrenome, na entrada do Palácio da Alvorada. O País soma 5.017 mortes e 71.866 casos da Covid-19.
Os óbitos são a maior cifra da América Latina,
superando a China em número de falecidos, segundo o balanço diário
oficial. A nação asiática, epicentro original da infecção, contabiliza
4.637 vítimas fatais. O presidente afirmou que a explicação dos números
alto cabem ao ministro da Saúde, Nelson Teich.
O recorde anterior de salto de mortes havia sido
registrado no dia 23 de abril, com 407 novas vítimas. Com nova
atualização, o Brasil agora ocupa a 9ª posição no ranking de países com
mais mortes pela Covid-19.
Momentos depois, na mesma entrevista, Bolsonaro disse
se solidarizar com as famílias das vítimas. "Mas é a vida. Amanhã vou
eu. Logicamente, a gente quer ter uma morte digna e deixar uma boa
história para trás", disse o presidente.
Questionado se conversaria com o ministro da Saúde,
Nelson Teich, sobre a flexibilização do distanciamento social, Bolsonaro
afirmou que não dá parecer e não obriga ministro a fazer nada.
Com Agência Estado