O prefeito Marcelo
Crivella, disse hoje (26), após reunião com o presidente do Sindicato
das Empresas de Ônibus do Município do Rio de Janeiro (Rio Ônibus),
Cláudio Callak, que os ônibus não vão parar de circular nesta
sexta-feira (27), conforme anunciado pela categoria, e que vai pedir
apoio do governo federal para subsidiar os salários dos motoristas que
estão sem trabalhar.
“Temos 5,5 mil ônibus na cidade e hoje
estamos rodando com 2 mil porque a demanda caiu muito. Nestes 2 mil,
também pedimos que as pessoas não andem em pé. Só sentados. Portanto, a
rentabilidade dos ônibus caiu demais. Estes 3,5 mil ônibus que não estão
rodando têm motoristas e nós precisamos pagar salário. Como o município
não tem recurso, estamos pedindo ao governo federal que nos ajude nesse
momento de crise devido à pandemia do novo coronavírus", disse
Crivella.
O prefeito também solicitou ao governo federal que libere o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
de trabalhadores que mais sofrem financeiramente por conta da crise do
novo coronavírus. A proposta é que motoristas de ônibus urbanos e dos
ônibus articulados, BRT e profissionais autônomos, como taxistas,
ambulantes e produtores culturais, que vivem da arte nas ruas, possam
fazer o saque.
Empresários
O Rio Ônibus informou que na tarde desta
quinta-feira (26), em reunião com o presidente do Sindicato das Empresas
de Ônibus do Rio de Janeiro, Claudio Callak, o prefeito Marcelo
Crivella se comprometeu a buscar em caráter de urgência, em Brasília,
recursos para manter a operação do sistema de transporte público por
ônibus funcionando na cidade.
Neste momento de baixíssima demanda por
conta da recomendação de isolamento social, o sindicato, os consórcios e
as empresas de ônibus estão buscando os últimos recursos para manter a
operação do transporte, até a ajuda chegar.
"A pandemia do coronavirus agravou
radicalmente a situação das empresas e, como vem alertando a própria
NTU, entidade nacional de empresários do setor, o transporte de
passageiros por ônibus, já combalido pela crise dos últimos anos, está
prestes a entrar em colapso total no pais até o dia 5 de abril, caso
nenhuma providência seja tomada pelos poderes públicos", disse Callak.
O empresário disse ainda que o recurso a ser
aportado no transporte de passageiros por ônibus, enquanto as medidas
de prevenção ao coronavírus continuarem em vigor, serão fundamentais
para evitar a paralisação dos ônibus.
“Estamos vivendo um dia de cada vez. Estamos
juntando os cacos de hoje para funcionar amanhã. Temos que preservar o
emprego de cerca de 26 mil pais de família que, neste momento de guerra
não podem parar”, disse Callak.