A bancada federal do Ceará destinou todas as
suas emendas para a Saúde visando auxiliar no combate ao novo
coronavírus, que já registra 359 casos confirmados e cinco mortes em
todo o Estado. Dos mais de R$ 212 milhões que serão destinados à Saúde,
mais de R$ 181 milhões vão exclusivamente para o combate ao impacto da
Covid-19. Decisão foi tomada a partir de série de reuniões virtuais
realizadas na última semana, nas quais parlamentares discutiam a
questão.
Do valor restante, R$ 16.414.653,80 seguirá
para o atendimento de média e alta complexidade (MAC) e R$ 15.277.466,30
para a atenção básica da saúde (PAB). Os recursos para enfrentamento do
novo coronavírus serão repassados para as prefeituras e para o Governo
do Estado. A definição para a destinação das emendas foi possível a
partir da autorização da Secretaria de Governo da Presidência da
República (Segov) devido à pandemia.
O deputado Domingos Neto (PSD), líder da bancada
federal do Ceará e relator da Lei Orçamentária de 2020, comandou as
reuniões remotas e havia adiantado que destinaria a totalidade de suas
emendas para a saúde. Alguns deputados anteciparam em suas redes sociais
quanto disponibilizarão para a luta contra a Covid-19 no Ceará. O
deputado federal José Guimarães (PT), enviará mais de R$ 20 milhões em
emendas, todo o valor de emendas individuais (R$ 15,9 milhões) e mais R$
5,8 milhões relativos à cota que possui nas emendas de bancada. Mais da
metade do montante será distribuída em dez municípios do Interior. O
restante irá para a saúde em Fortaleza e demais municípios.
Os deputados Idilvan Alencar (PDT) e Capitão Wagner
(Pros) destinarão cerca de R$ 5 milhões, cada, para a compra de
respiradores que devem auxiliar no tratamento de pessoas infectadas pelo
coronavírus. Heitor Freire (PSL), que já havia destinado R$ 13 milhões
de suas emendas individuais para a saúde, agora trabalha para que o
dinheiro seja utilizado apenas no combate à doença.
Domingos Neto avaliou a continuidade dos trabalhos e
destacou a importância dos encontros remotos no combate à pandemia. “O
sistema auxilia bastante no trabalho. Em situação normal, por questões
de agenda, às vezes só conseguimos reunir metade da bancada. Essa nova
cultura vai possibilitar a participação dos parlamentares de onde
estiverem", pontuou, projetando que o sistema continuará útil passado o
período de isolamento. "Acredito que esse tipo de sistema vai ser ainda
mais utilizado no futuro”, concluiu.
o Povo