Ao lado do governador Camilo Santana, o
ministro da Justiça Sérgio Moro e sua comitiva interministerial
realizaram entrevista coletiva para falar sobre operações da Garantia da
Lei e da Ordem (GLO) nesta segunda, 24. Moro disse que a situação
conflituosa que o Estado vive, devido à paralisação de alguns policiais
militares, é "temporária" e será resolvida brevemente. "Há indicativo de
aumentos de alguns crimes mais violentos, mas não é uma situação de
desordem", avaliou. Segundo Moro, "tudo está sob controle dentro do
contexto relativamente difícil".
O governador Camilo Santana disse durante a entrevista
que o Estado "sempre permitiu o diálogo" e que ninguém está acima da
lei. Camilo avaliou seu governo como uma gestão que fortaleceu a
política de segurança pública do Ceará, aumentando para quase R$ 495
milhões a folha de pagamento dos agentes militares.
Desde o dia 18, policiais militares do Ceará iniciaram
paralisação em protesto contra plano de reestruturação salarial,
incluindo bombeiros militares. Conforme Moro, presença do Governo
Federal no Ceará é para tentar apaziguar situação. "É para garantir
tranquilidade e segurança da população. A gente veio para serenar os
ânimos", disse.
Diante do motim dos policiais militares no Ceará, o
governador do Estado, Camilo Santana, formalizou ao presidente da
República, Jair Bolsonaro, o pedido para uso de tropas das Forças
Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Na solicitação, através do ofício nº 58/2020, Camilo
argumenta que no momento "há insuficiência das forças estaduais para
cumprimento regular de sua missão constitucional". Somente a Presidência
da República pode confirmar a instauração de GLO, através de decreto.
Foram pelo menos cinco ofícios enviados ao Palácio do Planalto e aos
ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Defesa.
o povo