Já são 230 policiais militares do Ceará
afastados de cargo por suspeita de envolvimento em motim. Conforme
publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), a Controladoria Geral de
Disciplina (CGD) instaurou Processos Administrativos Disciplinares
(PADs) contra mais 62 policiais militares, sendo 61 por deserção
especial e um por estimular a paralisação nas redes sociais.
"Uniformizado e fazendo discurso inflamado para os presentes, onde tece
críticas ao Governador do Estado e aos Oficiais da Polícia Militar, bem
como incita aos demais policiais do BP Choque a se juntarem aos
amotinados", diz trecho do documento.
Na última sexta-feira, 21, 161 policiais já
haviam sido afastados por envolvimento na paralisação. Outros sete por
estimular o motim nas redes sociais, em dias anteriores. Os policiais
respondem pela participação em "condutas transgressivas", bem como a
"incapacidade de participação dos quadros da Polícia Militar", segundo
consta no DOE. Todos estão afastados preventivamente por 120 dias para
as investigações "em virtude da prática de ato incompreensível com a
função pública, gerando clamor público, tornando os afastamentos
necessários à garantia da ordem pública", justifica o documento.
Os investigados deverão entregar identificações
funcionais, distintivos, armas, algemas e outros elementos que os
caracterizem nas suas unidades. O desconto em folha dos implicados já
está em vigor, conforme o documento publicado e enviado para a
Secretária do Planejamento e Gestão (Seplag). As medidas estão previstas
na Lei Complementar nº 98/2011.
A Polícia Militar do Ceará também abriu Inquéritos Policiais Militares (IPMs), remetidos à CGD. Outros procedimentos seguem em andamento, tanto pela PMCE quanto pela própria CGD.
o povo