O Ministro da Justiça, Sérgio Moro, cumpre, nesta segunda-feira (24),
em Fortaleza, uma extensa agenda no acompanhamento da greve dos
policiais militares e da atuação da Força Nacional de Segurança das
Forças Armadas no Ceará. Além de Moro, integram a comitiva que visita
Fortaleza, o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o Chefe da
Advocacia Geral da União, André Luiz Mendonça.
A pedido do Governador Camilo Santana, com quem Moro se reúne, hoje, o
Ministério da Justiça designou 300 homens da Força Nacional de
Segurança, enquanto, por determinação do presidente da República, Jair
Bolsonaro, foi garantido o reforço das ações de combate à criminalidade
com 2,5 mil homens do Exército. As medidas estão dentro da Garantia da
Lei e da Ordem (GLO) decretada pelo presidente Jair Bolsonaro.
A comitiva do Governo Federal tem uma reunião no comando da 10ª
Região Militar para conhecer de perto as atividades que estão sendo
realizadas pelas Forças Armadas e pelos órgãos de Segurança Pública
federais, estaduais e municipais. Após o compromisso na 10ª Região
Militar, os ministros serão recebidos, no Palácio da Abolição, pelo
Governador Camilo Santana.
PARALISAÇÃO X PUNIÇÃO
A greve dos policiais militares foi deflagrada na noite de
terça-feira(18) da semana passada e tem sido marcada por atos de
violência, vandalismo, depredação de viaturas e pelo atentado, à bala,
que deixou ferido o senador Cid Gomes (PDT).
A Justiça, por solicitação do Ministério Público Estadual, determinou
que os policiais se abstivessem da participação no movimento grevista e
bloqueou as contas bancárias de todas as associações que congregam os
militares para cobrir eventuais danos ao patrimônio do Estado provocado
pelos atos de vandalismo feitos por homens encapuzados.
O Governo do Estado reagiu à ilegalidade da greve e anunciou, por
meio de publicação no Diário Oficial do Estado, a abertura de
procedimento disciplinar contra 168 policiais envolvidos na paralisação.
A punição passa, também, pela exclusão dos militares da folha salarial
de fevereiro. Outros 77 policiais que não compareceram para a Operação
Carnaval foram considerados desertores.
ALTA MÉDICA
Cid foi alvejado com dois tiros quando tentava entrar com uma
retroescavadeira nas dependências do Quartel da PM em Sobral, para onde
fora chamado por comerciantes e moradores apavorados com a ação de
homens encapuzados que os impunham um verdadeiro terrorismo para fechar
lojas e estabelecimentos do comércio. O senador do PDT recebeu alta
médica e, a partir desse domingo, passou a se recuperar em casa.
ceará agora