
Durante o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, no último domingo (03) uma candidata que prestava exame na cidade de Pedra Branca no Sertão Central, foi constrangida quando precisou usar o toalhete sendo impedida. A mesma dois após o exame seguiu à Delegacia Municipal da cidade registrando um Boletim de Ocorrência por “Descriminação Homofóbica”.
A professora Trans Antonio Lima (Morena Rosa), que trabalha em Escolas das cidades de Pedra Branca e Senador Pompeu no Sertão Central, ao prestar o exame do ENEM neste último domingo nesta cidade foi constrangida perante os outros candidatos que estavam na mesma sala. Conforme postagem em sua pagina nas redes sociais.
“Me apresentei antes do horário estabelecido às 13 horas, com a declaração de participante, e o documento exigido pela comissão, que conferiram os meus dados, e logo após eu ter utilizado o banheiro feminino adentrei na sala, logo após o sinal tocar, o chefe de sala começou a circular na sala, verificando os documentos, e ao chegar na minha cadeira disse em alto e bom tom, que se eu sentisse a necessidade de ir ao banheiro, eu não poderia usar o banheiro feminino, eu teria que usar o banheiro masculino, constrangida e ao mesmo tempo humilhada perante todos que estavam na sala, decidi que não faria a prova, mesmo alimentando um sonho de cursar outro ensino superior, mais um sonho destruído, por conta do preconceito e da homofobia, tudo que eu queria era me retirar daquela escola.”
Na terça-feira (05), a professora junto com seus advogados esteve na Delegacia de Policia Civil, onde registrou um Boletim de Ocorrência, onde relatou a autoridade policial o fato ocorrido durante a prova. Outro trecho do post da professora.
“Mas graças a Deus, eu sou uma pessoa muito bem resolvida, digo isso em todos os sentidos, e aqui eu estou, me dirigi a delegacia de Pedra Branca, acompanhada do meus dois advogados Dr. Renata Silveira e o Dr. Everton Nascimento, onde juntos prestamos a ocorrência, para que a justiça tome as providências cabíveis, para que outras pessoas, assim como eu, que se enquadra no gênero Mulher Trans, tenha os seus direitos respeitados, para que não seja alvo de preconceito.”
Em sua publicação foram quase 300 comentários em apenas 24 horas, chegando a 1.000 curtidas e chegou a marca de 166 compartilhamentos. Agora a professora e outras pessoas que sofrem preconceito, não só homofóbicos mas qualquer tipo de preconceito aguardam que a justiça seja feita.
Sertão Alerta