Fernando Frazão/Agência Brasil
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“Foram nove encontros, em cada um dos quais elas conheceram [trabalhos de] artistas mulheres nacionais e internacionais que são importantes no mundo da arte e têm exposições no mundo inteiro”, disse Keyna. Todas essas artistas eram negras, com exceção de Lygia Clark, pintora e escultora brasileira, morta em abril de 1988. “A Lygia é, de fato, uma dobra dentro da relevância do mundo da arte”.
A exposição é composta de pinturas, esculturas, performances, instalações, colagens, entre outros. “É uma exposição multimídia mesmo. Tem todas as relações de arte que a gente pode imaginar”, disse Keyna, que é professora do Grupo de Acompanhamento da Rede Nami e do programa gratuito de ensino da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
“A gente hoje em dia não vê muitas artistas negras em grandes exposições, em grandes espaços”, disse a curadora sobre o nome da exposição: “Sob a potência da presença”.
Será realizada hoje (15) uma mesa redonda sobre “A Importância de Impulsionar Mulheres Negras na Arte Contemporânea”, da qual participarão, além de Keyna Eleison, a ativista Panmela Castro e a doutora em artes visuais paulista Rosana Paulino.
Também está marcada para hoje a mostra “AfroGrafiteiras”, reunindo cerca de 40 telas das alunas do curso de formação política através da arte, também promovido pela Rede Nami.
O programa de acompanhamento da Rede Nami é bienal. O grupo que participa da exposição no Museu da República pertence à terceira turma formada em arte contemporânea pela ONG este ano. O programa é gratuito e foi iniciado em 2015.
A mostra ficará aberta ao público no Museu da República até o dia 2 de fevereiro de 2020 e pode ser vista de terça a sexta-feira, das 10h às 17h; e nos sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h.