Dona Ivone Lara - Um sorriso negro, o musical

Blog do  Amaury Alencar
Como a enfermeira Ivone Lara se transformou na Dama do Samba?

A vida de Dona Ivone Lara, falecida em 2018, é contada neste espetáculo musical, que mistura três momentos diferentes e narra como a menina orfã aos 6 anos tornou-se a rainha do samba, rompendo barreiras por onde passou e tornando-se a primeira mulher a integrar a ala de compositores da uma grande escola de samba.
D. Ivone Lara se apresenta com o Quinteto em Branco e Preto
D. Ivone Lara se apresenta com o Quinteto em Branco e Preto - Natalia Bezerra CC 2.0
A maior parte da história se desenrola no século 20, quando o preconceito dificultava a vida das mulheres mais do que hoje, mas dialoga com o presente.

 D. Ivone é representada em cena em três momentos, aos 12 anos, quando compôs o primeiro samba, aos 26 e aos 80 anos, por três atrizes.

Na primeira parte do espetáculo, quinta-feira (21), Dandara Mariana, revive Ivone menina, e Heloisa Jorge, dá vida a mulher que ela tornou-se. Na segunda parte, sexta-feira (22), quem assume é Fernanda Jacob, que revive a compositora madura.

O espetáculo tem samba no pé e poesia na garganta para contar a história de uma heroína. Uma mulher que foi no miudinho, e encontrou o seu lugar na música popular brasileira. Gravou 15 discos e, segundo a família, deixou 40 composições inéditas.

Muitas figuras do samba fazem parte desta trajetória e também estão no espetáculo. Os parceiros musicais Silas de Oliveira e Délcio Carvalho, além de cantores de renome: Elizeth Cardoso, Maria Bethânia, Clementina de Jesus e Gal Costa.

D. Ivone Lara recebe a Ordem do Mérito Cultural do presidente Michel Temer (2016)
D. Ivone Lara recebe a Ordem do Mérito Cultural do presidente Michel Temer (2016) - Valter Campanato/Agência Brasil