O
deputado Marcos Sobreira (PDT) propôs, durante audiência pública
realizada na manhã desta segunda-feira (25/11), a apresentação de um
documento direcionado à Campanha Nacional de Escolas da Comunidade
(CNEC) com questionamentos sobre o fechamento do Centro Educacional
Cenecista Ruy Barbosa, localizado em Iguatu. O encerramento das
atividades da unidade foi tema de debate na Casa.
Segundo
o parlamentar, precisam ser explicados os reais motivos para o
fechamento, qual o déficit financeiro e o que se pretende fazer com o
acervo e patrimônio físico do Centro. “O CNEC precisa vir a público e
definir como vai conservar todo o acervo cultural, esportivo e histórico
do colégio Ruy Barbosa”, salientou Marcos Sobreira.
Ainda
de acordo com o parlamentar, o Centro Educacional Cenecista Ruy Barbosa
é um colégio com 60 anos de funcionamento, servindo à sociedade de
Iguatu.
Para o representante da
Comissão “Somos Todos Ruy Barbosa”, Padre João Batista Moreira, o CNEC
foi, ao longo do tempo, sendo negligente com o Centro Ruy Barbosa. Em
sua avaliação, não havia o investimento suficiente para a manutenção da
unidade. “A centralização administrativa e financeira que a CNEC fez
inviabilizava que a gestão local tivesse qualquer manejo de recursos,
prejudicando investimentos”, salientou Padre João Batista.
Segundo
o professor Clerton Queiroz, quando o trabalho local de uma comunidade é
engessado, não é permitido que ela cresça e se desenvolva. “A CNEC
inviabilizou que o Ruy Barbosa pudesse se desenvolver, porque toda a
arrecadação do colégio ia para a CNEC, perdendo todo o aspecto de
desenvolvimento da escola dentro do município de Iguatu”, apontou o
professor.
A representante da
Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) de Iguatu,
Mônica Silva, destacou que há todo um patrimônio imaterial sendo
colocado na pauta, e que a situação é lamentável.
“Nos
colocamos à disposição para fazermos o que for necessário nesse período
de transição. A rede estadual vem se qualificando para receber e apoiar
esses jovens de Iguatu em um momento difícil de transição”, assinalou
Mônica Silva.
Iguatu. Net