O presidente Jair Bolsonaro estuda alternativas para sair do PSL e, como
plano principal, aposta na fusão do Patriota com outro partido de menor
expressão. Siglas como o PHS e PMN são cotadas para eventual fusão com o
Patriota.
O núcleo duro do presidente considera que, dessa forma, será
possível que deputados do PSL migrem para a nova legenda sem o risco de
perder o mandato. O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) têm conversado com dirigentes de outros
partidos e avaliam que a fusão é a solução mais rápida, uma vez que
dispensa o recolhimento de assinaturas para a oficialização.
— Quando duas legendas se fundem, aos olhos da Justiça Eleitoral é como
se surgisse um novo partido. Com isso, deputados poderiam vir para essa
legenda sem necessidade de aguardar a abertura da janela de
transferência. A criação de um novo partido, sem fusão, demoraria cerca
de um ano, e não podemos esperar. No ano que vem, já temos eleições
municipais — disse um aliado de Bolsonaro, projetando que a fusão
levaria entre três e seis meses e que, apesar de incorporar uma legenda,
o Patriota continuaria com o mesmo nome.
Bolsonaro admitiu a deputados em reunião na quarta-feira que está
decidido a sair da legenda, mas que primeiro quer uma garantia jurídica
para que os deputados que o acompanhem na desfiliação ao PSL não percam
seus mandatos e que a Justiça possa também congelar os recursos
partidários do PSL. Entre as opções estão a criação de um novo partido,
como a UDN, que está prestes a ser criada, ou como o Conservadores, cujo
estatuto está sendo produzido por integrantes do PSL, mas que levaria
um tempo maior até ser viabilizado porque ainda precisa recolher
assinaturas de apoio.
O Globo