Catarinense celebra medalha de bronze em competição mundial de educação profissional: “Tem gosto de ouro”

Blog do  Amaury Alencar


Foto: André Leopoldino de Souza

Dois catarinenses conquistaram medalhas e ajudaram o Brasil a ocupar o 3º lugar geral na classificação por pontos na WorldSkills 2019, o mundial de profissões técnicas, na Rússia, ocorrido nesta semana. Ao todo, a delegação brasileira trouxe para casa duas medalhas de ouro, cinco de prata e seis de bronze.
Depois de quatro dias de disputas, na cidade de Kazan, Raissa Marcon, de 24 anos, e Jean Novak, de 22 anos, levaram, juntos, bronze em Segurança Cibernética. Nesta modalidade, o desafio foi de impedir ataque de hackers.
Moradora de Florianópolis e natural de Tubarão – onde iniciou formação técnica em Redes, no SENAI –, Raissa ficou surpresa com o pódio. “Para mim, o bronze tem gosto de ouro. Muito emocionante saber que conseguimos vencer países como a Índia que poderiam se destacar na área de ‘Cyber Security’. Então é sensacional”, comemora a estudante.  Atualmente, ela cursa o superior de Tecnologia em Redes, no SENAI da capital.
A comemoração também tomou conta de Jean Novak, de Tijucas – onde iniciou a aprendizagem industrial em Manutenção de Computadores no SENAI. Para a ele, a medalha de bronze na modalidade de Segurança Cibernética só dá mais ânimo para seguir carreira na empresa de tecnologia onde trabalha. “Foi o melhor momento da minha vida, quando apareceu a bandeira do Brasil no painel”, relembra o estudante do curso superior tecnólogo em redes de computadores, no SENAI Curitiba.
O terceiro lugar da delegação brasileira reforçou a imagem do país entre as equipes mais vitoriosas da competição. Isso porque o Brasil foi o grande campeão quando o evento ocorreu em São Paulo, em 2015, pela primeira vez em um país da América Latina. Na última edição, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, os brasileiros alcançaram o segundo lugar.
Para o gerente executivo da regional grande Florianópolis SESI/SENAI, Daniel Horongoso, o desempenho do Brasil no torneio reforça o papel transformador do ensino profissional na vida dos jovens. “Corrobora com que a gente vem fomentando aos jovens: que busquem cursos técnicos para que se coloquem no mercado, a exemplo dos nossos atletas. Todos estão muito bem empregados”.
Ao todo, o torneio contou com a participação de 354 jovens de 63 países. A China, que sediará a próxima WorldSkills em 2021, na cidade de Xangai, veio com força e conquistou o primeiro lugar no ranking de pontos totais. Já a Rússia, que neste ano foi anfitriã do torneio, ficou em segundo lugar no pódio.
“O resultado, para o Brasil, demonstra o alto nível de excelência da educação profissional brasileira. Além do número de medalhas, o padrão de qualidade que nós demonstramos, nesta edição, em Kazan, mostra que em 73% das ocupações, o Brasil estabeleceu um padrão de excelência. Ou seja, a cada quatro competidores brasileiros, três têm referência da WorldSkills, o que é muito bom, o que nos coloca entre os melhores do mundo”, avalia o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, que é o delegado brasileiro na organização internacional.
A WorldSkills é o maior torneio de educação profissional do planeta. A cada dois anos, jovens de até 22 anos disputam medalhas de ouro, prata e bronze em um país diferente. Cada ocupação tem provas específicas, nas quais os competidores precisam demonstrar habilidades individuais e coletivas e realizar provas em padrões internacionais de qualidade.

Agência Rádio Mais