O governador Camilo Santana (PT) criticou as últimas polêmicas envolvendo declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Sem citar nominalmente o chefe do Executivo nacional, o petista “apelou”: “Chega de se criar polêmicas e crises! Não é o que o Brasil precisa neste momento”.




Em publicação nas redes sociais, o governador ressaltou que o País enfrenta tempos difíceis. “Falas e ações que beiram a insanidade e parecem buscar a banalização do absurdo. Posições extremas e de intolerância que não levam a absolutamente nada”, disse.

Camilo Santana ressaltou ainda que sempre defendeu o diálogo e o respeito às diferenças em prol do melhor para o Ceará.

“Sou um defensor intransigente da democracia, do fortalecimento das instituições e da liberdade de imprensa. Serei sempre”, afirmou antes de “apelar ao bom senso”.

Ele lembrou ainda que há cerca de 13 milhões de desempregados no Brasil. “Continuarei combatendo o bom combate contra tudo o que ameaça nossa jovem democracia. O nosso país e nosso povo merecem muito mais”, concluiu.


Desde a segunda metade do mês de julho, Bolsonaro tem acirrado o discurso, atacado opositores e divulgado mentiras. No último dia 17, o alvo foi filme sobre a história da ex-garota de programa Bruna Sufistinha. No embate, o presidente defendeu a extinção da Agência Nacional do Cinema (Ancine). No dia seguinte, colocou o nome do filho Eduardo Bolsonaro (PSL) como candidato a embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Ele disse que pretende sim beneficiá-lo. “Se eu puder dar um filé mignon pro meu filho, eu dou”, afirmou.

No dia 19, questionou dados científicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre áreas de desmatamento na Amazônia. Ele também disse que falar que se passa forme no Brasil “é uma grande mentira”. À época, mentiu ao afirmar que a jornalista Míriam Leitão integrou a luta armada contra a ditadura.
O presidente ainda chamou governadores do Nordeste de “paraíba” ao tentar atacar o chefe do Executivo do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Episódio em que o governador Camilo Santana também criticou o presidente.
Entre a última semana o início desta, Bolsonaro ainda disse que a questão ambiental “só importa aos veganos, que comem só vegetais”. Na declaração mais polêmica até agora, ele atacou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Se ele quiser saber como o pai desapareceu no período militar, eu conto para ele”, disse. Na última segunda-feira, 30, ainda classificou como “balela” relatórios da Comissão da Verdade e sugeriu que jornalistas perguntassem aos 57 mortos de um massacre no presídio de Altamira o que eles acharam.


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