Juazeiro do Norte : Duas fábricas de fogos de artifícios explodem no bairro Frei Damião deixando um morto e três feridos

Blog do  Amaury Alencar
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Duas fábricas de fogos de artifícios explodem no bairro Frei Damião deixando um morto e três feridos
Já por volta das 02:20 da madrugada desta quinta-feira houve nova explosão dessa vez na Rua Construtor Raimundo José Diniz do bairro Frei Damião  (Foto: Reprodução )






















Duas fábricas de de fogos de artifícios explodiram no bairro Frei Damião num intervalo de 10 horas entre o fim de tarde desta quarta-feira e madrugada desta quinta-feira. A primeira explosão foi por volta das 17h20min na Rua Santa Maria Margarida Alacoque, 32 (Frei Damião), onde funcionava uma fábrica clandestina de artefatos explosivos e havia pólvora estocada no imóvel. 

Foram socorridos para o HRC com queimaduras pelo corpo Marcelo Soares de Lima, 39 anos e sua esposa Gildevania Alves da Silva em estado grave e o filho Janilson Soares Ferreira, de 6 anos teve 49% do corpo queimado e aguarda transferência para o IJF.

Gildevania foi socorrida inconsciente e teve ferimentos nas mãos e na cabeça. Marcelo estava gemendo de dor, com vários ferimentos no rosto, nas mãos e nas pernas; e a criança teve queimaduras pelo corpo.

Já por volta das 02:20 da madrugada desta quinta-feira houve nova explosão dessa vez na Rua Construtor Raimundo José Diniz do bairro Frei Damião. Novamente, uma casa de fogos de artifício a qual ficou completamente destruída. O barulho foi ouvido em bairros vizinhos e até no município de Crato, seguido de incêndio logo controlado por Bombeiros Militares.

Num imóvel vizinho morreu o fogueteiro Francisco José da Silva, 73 anos, que caiu na calçada e as equipes fizeram os primeiros socorros com a equipe do SAMU, porém ele sofreu um infarto no momento da explosão.

foi encontrado no bolso da calça de Francisco José da Silva 01 cartucho de espingarda provavelmente calibre 36 intacto e 04 munições de  calibre 38 intactas.

Jaqueline Lemos da Silva foi até socorrida a UPA para atendimento, porém sem gravidade, apenas escoriações no dedo do pé.

A dona de casa Manoela, que vive com o marido e o filho pequeno, relatou que já havia denunciado a fábrica clandestina anteriormente, mas nenhuma medida foi tomada.

“Meu filho acordou embaixo dos escombros do forro. Meu sogro, que é idoso, passou mal. A gente tinha avisado sobre o perigo, e agora estamos pagando por essa omissão”, lamentou.


As duas ocorrências, em sequência, revelam a existência de vários pontos de fabricação ilegal de fogos no bairro, levantando questionamentos sobre a fiscalização e o controle de materiais explosivos na cidade.

A aposentada Maria de Lourdes, de 65 anos, também viveu momentos de desespero:

“A fechadura da porta voou longe, e a porta da cozinha saiu. Saí correndo no meio da rua, achando que a casa ia cair”, contou a moradora.



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