Uma confusão registrada na manhã desta quinta-feira (27) no município de Altaneira acabou na Delegacia Regional de Polícia Civil do Crato. A ex-secretária de Educação, Leocádia Rodrigues — irmã do ex-prefeito Dariomar Rodrigues, professora e integrante do Conselho Municipal de Educação — foi acusada de agredir o atual secretário de Educação, Francisco Adeilton da Silva, durante a aplicação das provas do SPAECE 2025. Segundo Leocádia, ela havia recebido a denúncia de uma mãe relatando que o filho, diagnosticado com TEA, deveria estar realizando a prova do 2º ano, o que a motivou a ir até a escola para fiscalizar o andamento da avaliação.
Conforme relato da ex-secretária, ao chegar à unidade escolar, ela solicitou entrada na condição de conselheira municipal, mas teve o acesso negado por funcionários. Leocádia afirmou que não agrediu o secretário e, ao contrário, declarou ter sido empurrada e agredida por outra pessoa, motivo pelo qual registrou boletim de ocorrência. Ela ainda destacou que sua atuação como conselheira sempre foi pautada na defesa da aprendizagem e denunciou supostas irregularidades, como pessoas ajudando alunos durante a realização das provas.
Em nota oficial, o Governo Municipal de Altaneira repudiou “de forma absoluta e incondicional” a agressão sofrida pelo secretário Adeilton Silva. Segundo a gestão, Leocádia tentou acessar uma área restrita destinada exclusivamente à equipe responsável pela aplicação do SPAECE, mesmo após ser informada de que já havia acompanhado o processo em outra escola e que o protocolo oficial já contava com conselheiro designado no local. A nota afirma que, ao ser impedida, a ex-secretária reagiu de forma agressiva, desferindo tapas, empurrões e golpes contra o secretário, que apenas tentou se defender.
Ainda de acordo com o Governo Municipal, o episódio foi testemunhado por professoras, funcionários e gestores da Escola Joaquim Rufino. A Polícia Militar foi acionada e tomou as medidas legais cabíveis. O secretário passará por exame de corpo de delito. A gestão reiterou solidariedade a Adeilton Silva e afirmou que qualquer ato que atente contra a integridade física ou moral de servidores públicos é inadmissível, garantindo que acompanhará o caso e adotará todas as providências para assegurar a segurança da comunidade escolar e o respeito às instituições.