
A Faculdade São Francisco do Ceará (FASC) marcou nesta semana a presença no PROJETAR 2025 – Congresso Internacional de Arquitetura e Urbanismo, realizado em Pelotas (RS), reunindo pesquisadores, professores e estudantes de diversas regiões do Brasil e do exterior. Representando o curso de Arquitetura e Urbanismo da instituição, os professores Jefferson Aleff, coordenador do curso, e Mateus Romualdo apresentaram dois trabalhos científicos desenvolvidos em parceria com os estudantes da FASC, levando à discussão nacional temas enraizados na realidade social e urbana de Iguatu.
Durante o congresso, os docentes apresentaram dois estudos: um voltado à Vila Neuma enquanto território negro de Iguatu, e outro sobre a percepção de jovens e idosos em relação ao Centro da cidade. As pesquisas contaram com intensa participação dos estudantes, tanto na articulação teórica quanto na análise dos dados. “Os alunos foram fundamentais no desenvolvimento dos projetos. Eles vivenciaram o processo de investigação, aprenderam metodologias de campo e contribuíram para as reflexões que hoje estamos levando ao cenário nacional”, explicou Aleff.
Ambos os trabalhos dialogam diretamente com a realidade do Centro-Sul do Ceará, explorando dimensões culturais, sociais e urbanas de Iguatu. “Uma das pesquisas utilizou a caminhografia, um método que analisa a cidade a partir de caminhadas, revelando as potencialidades e os desafios do território. A outra, sobre a Vila Neuma, propõe um olhar de valorização dos saberes ancestrais e da identidade negra, rompendo com o imaginário estigmatizado do bairro”, detalhou Jefferson Aleff.

Vivência transformadora
Participar do congresso foi uma oportunidade de dar visibilidade à produção acadêmica do Centro-Sul cearense, conforme Mateus. “Estar no PROJETAR coloca a FASC em contato com pesquisadores de várias partes do país e do mundo, ampliando as possibilidades de diálogo sobre temáticas atuais da Arquitetura e do Urbanismo. Ao mesmo tempo, nos permite apresentar o trabalho que vem sendo desenvolvido na nossa faculdade, mostrando que o interior também produz conhecimento relevante e comprometido com a realidade local”, destacou.
Além das apresentações, o evento foi marcado por trocas de experiências com pesquisadores de diversas instituições e países. “O melhor desses congressos é o aprendizado que vem do encontro. Conhecer novas culturas e modos de existir desperta em nós uma reflexão sobre nosso papel enquanto arquitetos, urbanistas e cidadãos. É uma vivência que renova o sentido da nossa prática docente e acadêmica”, afirmou Mateus.
Entre os momentos mais marcantes, os professores destacam o contato direto com nomes consagrados da pesquisa em Arquitetura e Urbanismo. “Foi emocionante assistir a conferências de autores que antes conhecíamos apenas pelos textos acadêmicos. Estar ali, dialogando com eles, é uma experiência transformadora”, contou Jefferson.
De volta a Iguatu, os docentes pretendem aplicar as experiências adquiridas no congresso nas atividades do curso. “Queremos dinamizar ainda mais as aulas, incorporar novas metodologias e fortalecer a integração entre ensino, pesquisa e extensão. Essas vivências fortalecem a formação dos nossos alunos e reafirmam o compromisso da FASC com a educação de qualidade”, ressaltou o coordenador.
Os professores reforçaram ainda a importância da pesquisa como ferramenta de transformação social. “Investir em ciência é investir em liberdade e futuro. Estudar e pesquisar são atos de coragem. Que nossos alunos se sintam inspirados a continuar produzindo conhecimento e levando o nome da FASC e de Iguatu cada vez mais longe”, concluiu Jefferson Aleff.

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