
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o maior escândalo de desvio de recursos de aposentados e pensionistas vai receber, nesta segunda-feira (13), às 16h, o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e o ex-diretor de Benefícios do órgão, André Paulo Félix Fidelis.
Foi durante a gestão de Stefanutto que o esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões começou a ser desvendado, após uma operação conjunta da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal. A descoberta levou à queda do presidente do INSS e à saída do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, em meio à forte pressão política.
O escândalo revelou um rombo superior a R$ 5 bilhões, entre 2019 e 2025, provocado por fraudes em mensalidades associativas cobradas de beneficiários sem qualquer autorização. O dinheiro, que deveria garantir o sustento de milhões de aposentados, era desviado para associações, confederações e sindicatos de fachada, que alegavam prestar assistência previdenciária, mas nunca ofereceram os serviços prometidos.
Segundo o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), há “indícios de omissão grave” por parte da antiga direção do INSS, que teria permitido falhas sistêmicas e vulnerabilidades exploradas por grupos criminosos.