Com autoridade, o Brasil se impôs e venceu o Chile por 3 a 0, com gols de Estêvão, Paquetá e Bruno Guimarães, em duelo válido pela penúltima rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. A Canarinho, que entrou em campo já classificada, chegou à segunda vitória consecutiva sob o comando do técnico Carlo Ancelotti.
A rodada, inclusive, definiu todas as seleções sul-americanas garantidas no Mundial. Além da Argentina, que venceu com dois gols de Messi, e do Brasil, o Uruguai, Equador, Colômbia e Paraguai confirmaram a classificação. A Venezuela (7º) e a Bolívia (8º), sem mais chances de G6, ainda disputarão a vaga para a repescagem.
Brasil 3x0 Chile: o jogo
Apoiado pela torcida e com um ataque renovado, formado por um trio que atua na Premier League – Estêvão, Martinelli e João Pedro –, o Brasil iniciou a partida com intensidade alta, sufocando o Chile e pressionando em busca do gol. O volante Casemiro até balançou as redes aos cinco minutos, mas o lance foi anulado por impedimento.
Em todo o primeiro tempo, a Canarinho priorizou ter a posse da bola, mas teve certa dificuldade em transformar o controle em chances reais. Somente aos 37 minutos, em ótima articulação, com passes rápidos e triangulações, o Brasil conseguiu desorganizar o sistema defensivo chileno e abrir o placar do duelo.
No lance, João Pedro passou para Douglas Santos, que deu bonito passe para Raphinha. O atacante do Barcelona invadiu a grande área e finalizou na saída do goleiro Vigouroux, que conseguiu amortecer o chute com as pernas. A bola, porém, sobrou para Estêvão, que, de bicicleta – ou quase isso –, empurrou para o fundo das redes.
O Chile, que vive fase desastrosa e é o lanterna das Eliminatórias, arriscou algumas subidas ao ataque e chegou a assustar em duas ocasiões, mas ambas as jogadas foram anuladas por impedimento. Emoção para os torcedores da La Roja, mesmo, só quando o árbitro deu um cartão vermelho exagerado para Maripán, erro corrigido após intervenção do VAR.
Na etapa final, o cenário da partida não mudou. O Brasil seguiu tendo o domínio das ações, enquanto o Chile, pouco inspirado e sem tantas pretensões, atuava em ritmo lento, sem assustar. Apesar de confortável e tecnicamente muito superior, a Canarinho mostrou pouco ímpeto para tornar o resultado mais elástico. O jogo, até os 20 minutos, ficou morno e com quase nada de emoção.
Foi então que o italiano Carlo Ancelotti resolveu mudar. Chamou Paquetá e Luiz Henrique, aclamados pelos cariocas no Maracanã – não é para menos, já que um jogou no Flamengo e o outro no Botafogo. Os dois, em campo, foram fundamentais para renovar o fôlego brasileiro e, a partir deles, saíram o segundo e o terceiro gols.
Em um, Luiz Henrique fez bonita jogada individual e cruzou na medida para Paquetá, que, debaixo da baliza, apenas precisou empurrar para o gol. Em outro, o ex-Botafogo novamente foi protagonista: após articulação na intermediária do Chile, o atacante deu uma cavadinha no goleiro rival, mas a bola, caprichosamente, bateu no travessão e caiu nos pés de Bruno Guimarães. O volante também só precisou guiar, sutilmente, a pelota para as redes.
Brasil 3x0 Chile: ficha técnica
Brasil
4-3-3: Alisson; Wesley, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Douglas Santos; Casemiro (Andrey Santos), Bruno Guimarães e Raphinha (Richarlison); Martinelli, Estêvão (Luiz Henrique) e João Pedro (Kaio Jorge). Téc: Carlo Ancelotti
Chile
3-4-3: Vigouroux; Iván Román, Paulo Díaz e Maripán; Hormazábal, Pizarro, Loyola (Echeverría) e Suazo; Cepeda (Assadi), Aravena (Maxi Gutiérrez) e Brereton Díaz (Tapia). Téc: Nicolás Córdova
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Alexis Herrera (VEN)
Assistentes: Alberto Ponte (VEN) e Lubin Torrealba (VEN)
VAR: Angel Arteaga (VEN)
Público total: 57.326
Renda Bruta: R$ 9.333.800,00
Gols: Estêvão (37’ 1T), Paquetá (26’ 2T) e Bruno Guimarães (30’ 2T)
Cartões amarelos: Casemiro (Brasil); Maripán (Chile)
