
Fortaleza deve registrar um faturamento de R$ 273 milhões no comércio varejista com as compras para o Dia dos Pais deste ano, conforme levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), da Fecomércio Ceará. O montante representa um crescimento nominal de 11,4% em relação a 2023, último ano em que a pesquisa foi realizada sobre a data. Com esse desempenho, o Dia dos Pais se consolida como uma das principais datas do calendário varejista da capital cearense, superando o Dia dos Namorados e se aproximando do Dia das Crianças em volume de consumo.
Segundo o levantamento, 39,4% dos consumidores fortalezenses pretendem comprar presentes na ocasião, e 38% planejam realizar algum tipo de comemoração especial, o que também impulsiona o setor de serviços. “O Dia dos Pais, além de movimentar fortemente o comércio varejista, também impulsiona o setor de serviços, especialmente restaurantes e espaços de lazer. É uma data que fortalece o consumo afetivo, estimulando as compras de presentes e as comemorações em família. Esse comportamento gera uma cadeia positiva na economia local, beneficiando pequenos e grandes negócios e contribuindo para a geração de emprego e renda em Fortaleza”, afirma a diretora institucional da Fecomércio Ceará, Cláudia Brilhante.
Ainda de acordo com a pesquisa, entre os locais de comemoração mais citados estão os restaurantes (17,4%), barracas de praia e clubes (3,8%), igrejas (3,3%) e viagens (3,3%). Esses dados refletem o aumento do apelo emocional e da valorização dos momentos em família, um fator que contribui para diversificar o consumo e ampliar o impacto econômico da data para além do setor varejista.
Quem vai às compras
A intenção de compra é mais expressiva entre os jovens de 18 a 24 anos (50,7%), mulheres (42,7%) e pessoas com renda familiar de até R$ 2.000 (48,1%). O valor médio previsto de gasto com presentes é de R$ 308 por consumidor, sendo que metade pretende pagar à vista, principalmente por PIX, cartão de débito ou em dinheiro. O cartão de crédito permanece como opção de 45,7% dos consumidores, evidenciando a busca por maior poder de compra mesmo em meio a restrições orçamentárias.
Os produtos mais procurados são, em sua maioria, itens semiduráveis e de uso pessoal. Roupas e acessórios lideram a preferência (35,6%), seguidos por perfumaria e cosméticos (16,5%), calçados e artigos em couro como cintos e bolsas (13,6%), relógios (5%) e artigos esportivos (4,4%). Esses dados reforçam o perfil afetivo e prático das escolhas dos consumidores, que priorizam presentes com utilidade e apelo emocional.
Onde e quando comprar
O levantamento também aponta os shoppings como principal local de compra, sendo a escolha de 44,7% dos entrevistados, seguidos por centros comerciais (25,9%) e lojas de rua (23%). Apesar disso, 47,5% dos consumidores ainda não definiram uma data exata para realizar suas compras, embora a maior concentração de intenções de compra esteja nos dias imediatamente anteriores à data: sábado (30,1%), domingo (11,6%) e sexta-feira (9,5%).
“O aquecimento das vendas para a data confirma a força do calendário varejista e o seu papel estratégico para o setor, especialmente em um cenário de retomada gradual da economia e aumento do otimismo do consumidor. A expectativa positiva do comércio é também um termômetro importante para medir o comportamento de consumo no segundo semestre do ano”, ressaltou o economista Helder Cavalcante.