
Os episódios registrados nesta semana na Câmara dos Deputados seguem gerando repercussão política e institucional.
O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que inicialmente havia descartado a possibilidade de punições, mudou de postura e agora admite adotar medidas disciplinares, “de forma didática”, contra os parlamentares envolvidos no tumulto.
PROTESTOS
O protesto ocorreu no início da semana, quando deputados da oposição ocuparam o plenário em reação à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A manifestação, marcada por gritos e palavras de ordem, interrompeu os trabalhos legislativos e foi acompanhada por cartazes e faixas de apoio ao ex-presidente.
O ato também teve reflexos no Senado Federal, onde parlamentares reproduziram a mobilização. Para aliados de Bolsonaro, o gesto simboliza resistência à decisão do STF, enquanto líderes governistas classificaram a ação como afronta às instituições.
Hugo Motta afirmou que a Câmara não pode se tornar palco de desordem e que a disciplina regimental deve ser preservada. Segundo ele, eventuais punições terão caráter educativo, para evitar que novos episódios comprometam o funcionamento da Casa.