Na iminência do tarifaço de Trump, Elmano se reúne com setores afetados no CE e pede ajuda a Haddad

Blog do  Amaury Alencar
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Governador Elmano de Freitas de perfil. Ele é um homem de meia idade, de barba e cabelo grisalhos, e está de terno cinza com camisa social branca

Legenda: O pronunciamento do governador Elmano de Freitas foi feito nas redes sociais
Foto: Thiago Gadelha


Na iminência da aplicação do "tarifaço" de 50% nos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), anunciou, nesta quinta-feira (31), que estuda formas para que a decisão "absurda" e "injustificável" do presidente americano Donald Trump tenha impactos minimizados na economia local.

Uma das providências tomadas pelo governador é o de reunir, ainda nesta quinta, os principais setores afetados no Estado pelo aumento da tarifa nas exportações. Serão ouvidos, individualmente, representantes dos setores de pescados, castanha-de-caju, água de coco, cera de carnaúba, couros e calçados, por exemplo.

Já nesta sexta-feira (1º), Elmano, o secretariado e o setor produtivo estadual devem se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para alinhar as medidas de proteção asseguradas pelo governo federal ao Ceará — considerada a federação que mais tem a perder com a decisão de Trump.

6 de agosto
É o dia previsto para iniciar a aplicação da taxa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos.

Busca por novos comércios

No pronunciamento público, Elmano afirmou ainda que tem buscado novos mercados para exportação de produtos cearenses e fortalecer outros que já tem. "Temos reunião marcada com o consulado da China [no Brasil]", adiantou o governador.

 Outra medida tomada pelas autoridades do Estado é a de, junto às superintendências da Receita Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), possibilitar "agilidade" e "desembaraço" no envio de mercadorias para os Estados Unidos antes do início da cobrança das tarifas, previsto para 6 de agosto.

Além disso, o governo estadual estuda comprar mercadorias, principalmente perecíveis, para usar em programas sociais e equipamentos públicos.

Entenda o 'tarifaço' de Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nessa quarta-feira (30) a ordem executiva que implementa uma tarifa de 50% contra o Brasil.

A medida deve começar a valer a partir do dia 6 de agosto e leva em consideração, segundo a Casa Branca, a forma como o País lida com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado

Donald Trump é um homem idoso de cabelos e sobrancelhas brancas e na foto está de terno azul, camisa social branca e gravata vermelha
Legenda: O "tarifaço" foi aplicado pelo presidente Donald Trump
Foto: Joshua Sukoff/Shutterstock

No decreto, há cerca de 700 produtos importados do Brasil que ficarão de fora do "tarifaço", como suco de laranja, castanha-do-pará, combustíveis, peças de aviação civil, alguns tipos metais, madeira, entre outros. No entanto, produtos como café, carne e frutas seguem afetados. 

                                       Diário do Nordeste 

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