Morreu na madrugada deste domingo, 20, em São Paulo, aos 93 anos, o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Ele passou mal em casa na noite de sábado e foi levado ao Hospital Sírio-Libanês, mas não resistiu e faleceu por volta das 3 horas. O velório será realizado à tarde, na capital paulista.
Advogado de formação, Marin teve uma longa trajetória tanto na política quanto no futebol. Foi vereador e deputado estadual por São Paulo entre as décadas de 1960 e 1970, além de ter exercido os cargos de vice-governador e governador do Estado nos anos 1980, durante o regime militar. No mesmo período, presidiu a Federação Paulista de Futebol (FPF) e comandou a delegação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1986, no México. A trajetória de Marin no futebol brasileiro foi marcada por casos de escândalo e corrupção.
Em 2012, ele assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), cargo que ocupou até 2014. No ano seguinte, foi preso na Suíça durante uma operação do FBI no caso Fifagate, que investigava corrupção na Fifa. Marin foi extraditado para os Estados Unidos, onde foi condenado e cumpriuparte da pena preso.
Em 2020, foi libertado por questões de saúde durante a pandemia de Covid-19. Nos últimos anos, Marin enfrentava problemas de saúde. Em 2023, sofreu um AVC.
Figura polêmica no futebol, Marin protagonizou em 2012 um episódio que marcou sua passagem no futebol. Antes de assumir a CBF, durante a premiação da Copa São Paulo de Futebol Júnior, Marin foi flagrado colocando uma medalha no bolso. A FPF alegou que a medalha estava reservado para ele, entretanto um dos jogadores do Corinthians ficou sem receber o prêmio e só foi contemplado dias depois, após pressão da imprensa.
O POVO