
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira (14), a aprovação da primeira vacina contra a Chikungunya no Brasil, um avanço significativo no combate a essa arbovirose que afeta milhares de brasileiros anualmente. Desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva, a vacina IXCHIQ é recombinante atenuada e será administrada em dose única.
A IXCHIQ demonstrou eficácia robusta ao induzir a produção de anticorpos neutralizantes contra o vírus Chikungunya em estudos clínicos realizados nos Estados Unidos e no Brasil. Indicada para pessoas com 18 anos ou mais, a vacina é contraindicada para mulheres grávidas, imunodeficientes ou imunossuprimidas.
A Chikungunya, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, chegou ao Brasil em 2014 e desde então tem causado surtos em todos os estados. Em 2025, o Ministério da Saúde registrou cerca de 66 mil casos e 56 mortes confirmadas pela doença.
Embora inicialmente fabricada na Alemanha pela IDT Biologika GmbH, o Instituto Butantan planeja produzir a vacina no Brasil, utilizando componentes nacionais para facilitar sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição estratégica priorizará áreas com maior incidência da doença.
Antes da aprovação pela Anvisa, a IXCHIQ já havia sido autorizada por agências reguladoras internacionais, como a FDA nos Estados Unidos e a EMA na Europa.