O PSDB entrou em um processo de definhamento que deixa riscos sobre o futuro do partido. Após perder a Governadora de Pernambuco, Raquel Lira, os tucanos ficarão, também, sem outro governador: Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, prepara os passos para seguir os caminhos de Raquel e se filiar ao PSD.
Ao perder governadores, o PSDB se fragiliza ainda mais porque, aos poucos, vai ficando sem deputados federais. Os parlamentares tem acompanhado, também, os líderes estaduais que buscam outro guarda-chuva partidário na perspectiva da manutenção ou conquista do poder em 2026.
Quanto menos deputados federais, mais distante fica o PSDB de manter uma representação parlamentar na Câmara que o proporcione, a partir de 2027, acesso ao tempo da propaganda partidária no rádio e na televisão e, principalmente, aos recursos dos Fundos Partidário e Eleitoral.
Para preservar esses benefícios, o PSDB precisa eleger, pelo menos, 13 deputados federais em 2026. A legislação impõe aos partidos barreiras que precisam ser ultrapassadas nas ruas como condição para não serem extintas.
TRAJETÓRIA GAÚCHA
Considerado um dos nomes da renovação do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, exerce o segundo mandato consecutivo e, em 2026, deverá concorrer ao Senado. O gaúcho deve oficializar, no mês de maio, filiação ao PSD.
Em 2024, Leite se lançou pré-candidato à Presidência da República, percorreu estados, visitou o Ceará, ganhou o apoio do então senador Tasso Jereissati, mas perdeu a disputa interna para o então governador de São Paulo, João Doria.
Sem apoio político e partidário, sem articulação para construir alianças com outras legendas, João Doria desistiu de candidatura presidencial, não disputou a reeleição ao Governo de São Paulo e, nos conflitos internos, abriu caminho para esvaziar o PSDB.
